O Parque Nacional de Jurubatiba, uma faixa de restinga nos municípios de Quissamã, Carapebus e Macaé, no Norte Fluminense, está ameaçado por um novo incêndio – o quarto em menos de dois anos. Além de equipes do 9º Grupamento de Incêndio de Macaé e da Defesa Civil, voluntários mobilizados pela Secretaria de Meio Ambiente de Quissamã tentam debelar as chamas, que atingem diferentes pontos do parque. A reserva há 15 anos é estudada por cientistas do mundo inteiro.
Ontem, o administrador do parque, Carlos Lamartine, e o secretário de Meio Ambiente de Quissamã, Luís Carlos Fonseca Lopes, pediram reforço de helicópteros da Petrobras para combater o fogo, que pode estar ardendo há 15 dias. Lamartine disse que, se necessário, serão requisitadas bombas para usar água de lagoas e do mar para apagar as chamas. Também ontem ele pediu ajuda à equipe de combate a incêndios da reserva de Poço das Antas, em Silva Jardim.
Máquinas da prefeitura de Quissamã estão perfurando o solo em Jurubatiba e fazendo barreiras com córregos, para tentar conter o fogo. Não se sabe ainda a área atingida, mas no incêndio anterior, ocorrido no fim do ano passado, 11 hectares do parque foram destruídos. Os bombeiros torcem para que os ventos não se alterem e para que chova nas próximas horas, para evitar que as chamas se alastrem.
Jurubatiba tem 10% de sua área em Macaé, 40% em Carapebus e 50% em Quissamã, somando 15 mil hectares de restinga onde há 14 lagoas e espécies em extinção que, segundo cientistas da UFRJ, não podem ser encontradas em outras partes do planeta. Desde a criação do parque, há três anos, espera-se por investimentos que possibilitem a criação de um plano de manejo, prevendo a criação de uma brigada de incêndio especializada.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: janeiro 26, 2001