O inglês Andrew que mora em Porto Alegre (foto: Arquivo pessoal (Facebook))
O inglês Andrew Sykes está promovendo, junto aos escaladores brasileiros, uma pesquisa de mercado sobre o esporte, que poderá ajudar associações, clubes e escaladores individuais a entender e melhorar a situação da escalada no Brasil, conforme explica o rapaz, que mora em Porto Alegre (RS).
Para respondê-la, acesse:
https://sites.google.com/site/pesquisaescaladabrasil/.
Segundo Andrew, as respostas são anônimas e os resultados ficam à disposição da comunidade, no próprio site. Como agradecimento, a pessoa pode conferir um cartum exclusivo de Luís Fernando Verissimo sobre o esporte.
A seguir, ele explica ao Webventure porque decidiu fazer essa investigação e como ela funciona.
Porque você resolveu criar essa pesquisa?
Procurei ano passado informações sobre escalada no Brasil e não as encontrei em lugar algum. Então, resolvi fazer uma pesquisa menor que esta, que teve boa participação, principalmente no Rio Grande do Sul. Mas ela me deixou ainda com mais dúvidas. O tipo de informação que me interessa pode ser facilmente encontrado em outros países, principalmente na Europa, mas aqui é difícil. Então, me baseie nas pesquisas que são feitas por associações e federações estrangeiras e preparei uma para o Brasil.
Você tem outra finalidade além de ajudar a comunidade de montanhistas?
Eu gostaria de trabalhar com escalada no Brasil e a pesquisa pode ajudar a identificar oportunidades. Eu confeccionei fingerboards de madeira durante muitos anos, na Inglaterra, mas no aqui ainda não há mercado para isso. Minha formação é engenharia. Talvez por isso, no lugar de ficar tentando adivinhar, preferi buscar dados estatísticos por meio de uma pesquisa.
Como a pesquisa foi pensada?
Para que os resultados sejam válidos, é preciso um grupo grande de participantes e de perguntas que deem informações imparciais e úteis, que ficam à disposição de qualquer pessoa ou instituição no mesmo site. Há nove seções neste questionário, que pode ser respondido em 8 minutos, em média.
Que tipo de informação as seções irão revelar?
A primeira seção tenta descobrir que tipo de pessoa é o escalador. Esse resultado será bom para confederações, associações, clubes e negócios entender melhor quem são os escaladores ajuda a atender às necessidades deles. Os resultados da seção dois, que pergunta sobre equipamentos e seus tamanhos, vão mostrar aos escaladores onde achar e comprar equipamentos com os melhores preços. A três vai mostrar a habilidade e os conhecimento dos escaladores, dando uma ideia da habilidade média dos brasileiros e permitindo comparações entre os níveis. Essas informações são boas para associações e afins, já que podem indicar onde é necessário investir mais em instrução e treinamento. Os resultados da quatro podem sugerir quais outros esportes são bons para aumentar a sua habilidade, já que a maior parte das pessoas trabalha e tem pouco tempo para treinar. A seção cinco vai mostrar as lesões mais comuns e, quem sabe, ajudar a evitá-las. Também ajudará os profissionais da saúde a identificar tendências e a preparar tratamentos e medidas preventivas. As sete e oito mostram o quanto áreas de escalada estão se desenvolvendo e se a segurança é adequada. Além de ajudar as associações a seguir o nível de desenvolvimento e identificar problemas, essas seções podem ser úteis aos escaladores individuais, mostrando onde é seguro ou não escalar. A seção oito é específica para quem equipa as vias, mostrando se é preciso treinar escaladores que façam esse trabalho. Finalmente a nove, que é para quem trabalha com escalada, dando uma ideia do que essas pessoas fazem e quantas são.
Este texto foi escrito por: Da Redação