Webventure

Ingo Hoffmann, o aprendiz


Ingo Hoffmann: é bom ser estreante outra vez. (foto: Luciana de Oliveira)

Direto de Torres (RS) – Colecionador de títulos no automobilismo, no rali cross-country Ingo Hoffmann é um calouro. Assumido: “minha experiência é zero, estou aqui para aprender”. O Rally Rota Sul é apenas o segundo na modalidade cross-country para o piloto. O primeiro foi o Rali do Petróleo, etapa de abertura do Campeonato Brasileiro. Antes dele, Hoffmann participou de duas provas de rali de regularidade, “modalidade-escola” nos ralis.

No Rota Sul, segunda etapa do Brasileiro para os Carros, Hoffmann ainda se sente um estreante. E se sente muito bem de volta a esta posição, como quando ele iniciou a carreira nas pistas, há 30 anos. “É legal ser iniciante outra vez. A gente precisa disso para manter a motivação e evoluir como pessoa”.

O objetivo de Hoffmann em 2003 é ganhar “horas de vôo”, ou seja, terminar as provas, o que não aconteceu no Rali do Petróleo, devido a problemas mecânicos. A expectativa para o Rota Sul é grande: “Dizem que o primeiro dia (nesta Sexta-feira Santa) será o bicho-feio. Vai ser uma etapa em areia e eu não tenho a menor idéia do que seja andar em dunas”, afirma o piloto. “Depois que passar o dia de amanhã, vamos andar em estradas e tende a ficar menos difícil.”

Hoffmann só lamenta que não poderá curtir as paisagens do percurso, privilégio que não existia quando ele corria nos circuitos fechados em asfalto. “Isso é um diferencial do rali, mas é um contraponto. Vamos passar por lugares maravilhosos, mas eu, como piloto, não vou enxergar nada porque não posso olhar nem para o lado”, conclui, bem-humorado.

O piloto diz que não precisa ter pressa por resultados. “Tenho dois anos de contrato com a equipe Mitsubishi. A idéia é aprender agora para no ano que vem colher frutos. Meu envolvimento com o rali cross-country é a longo prazo. Acho que a modalidade tem tudo para crescer e eu quero estar junto”.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira