Percurso passa por área verde (foto: Debora de Lucas/ www.webventure.com.br)
Direto de Conselheiro Lafaiete (MG) – Amanhã (21), acontece a segunda etapa da Copa Internacional PowerBar Reebok de Mountain Bike 2006, que até o momento já conta com mais de 600 inscritos. Tadeu Monteiro, um dos organizadores e diretores desse cross country de 6,1 km de distância por volta, concedeu uma entrevista ao Webventure. Nela, ele analisa a pista da fase e afirma que os ciclistas podem esperar pelo mais puro mountain bike.
Além disso, Monteiro compara as características da primeira e da segunda etapas, revela os trechos mais difíceis e dá duas dicas quentes aos competidores. A primeira é para que os bikers se hidratarem bem para a disputa e a segunda, para manterem a calma, pois apenas ela evitará erros que podem colocar boas posições em risco.
As largadas da Internacional de Mountain Bike serão neste domingo (21), a partir 8h, no Restaurante e Motódromo Moinho Velho, em Conselheiro Lafaiete (MG). A prova tem 13 categorias entre elas a Super Elite Masculino, a Elite Feminino, a Sub 23 e a Júnior e, junto com ela, ocorre a segunda fase da Copa Sundown Centauro de Amadores. A Inter é válida para os rankings da UCI e da CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo).
Webventure – O que os atletas podem esperar desta segunda etapa?
Tadeu Monteiro – Com certeza, o mais puro mountain bike. Essa prova é um circuito que reúne todas as características de uma competição de MTB. Teremos muitos trechos de single tracks, subidas íngremes, obstáculos naturais como muitas raízes, pedras, descidas com terra fofa e três subidas longas e fortes.
Logo, é um percurso para quem é um mountain biker completo e requer habilidade técnica e um bom condicionamento físico. Ao todo, são 6,1 km de distância e acredito que a volta terá em torno de 20 minutos para a Super Elite Masculino. É uma prova com um trajeto bastante seletivo que vai durar duas horas.
Webventure – Quais serão os trechos mais difíceis?
Tadeu Monteiro – Um deles é a primeira subida, localizada é a partir do km 1. Essa tem quase 1 km de extensão, começa suave e no meio aparece uma inclinação forte, um drop. No final, existe um outro drop difícil de fazer, que é quase um single track com raízes e, nesse local, o biker pode perder a pedalada por causa de qualquer vacilo.
Nas descidas, há dois pontos bastante técnicos. Um está localizado na primeira mata. O fim dessa descida fica num terreno de terra fofa semelhante a uma duna, para esse trecho é necessário muito domínio da bicicleta. Além disso, há uma descida em frente à chegada, que tem aproximadamente 800 m, é muito veloz, cheia de curvas, raízes e árvores.
Para mim, com certeza, esses são os pontos mais difíceis da pista. Uma particularidade, é que a largada é um ponto crítico. 40 m após o início da prova há uma rampa de motocross bastante íngreme. Certamente, se alguém perder o pedal por ali, vai atrasar quem vier atrás.
Webventure – Quais são as diferenças entre a pista da primeira etapa, a de Socorro, e esta?
Tadeu Monteiro – Normalmente, seguindo as orientações da UCI (União Ciclística Internacional), a pista da primeira etapa da Copa é classificada como fácil e com um nível de dificuldade menor. Talvez não haja apenas menos dificuldade, mas também um menor grau de exigência física. Isto porque estávamos no início da temporada e procuramos fazer uma pista mais fácil.
Quanto às diferenças, elas são monstruosas. A pista daqui é muito mais mountain bike do que foi a de Socorro, que era rápida e sem muitas dificuldades técnicas. Ela tinha alguns drops, mas eram todos curtos. Não eram como são os daqui, onde teremos subidas e descidas mais longas.
Webventure Quais são as dicas que você dá aos competidores?
Tadeu Monteiro – Hidratem-se bem porque é uma competição que vai sugar. Ela tem muitos trechos dentro no mato, mas há partes muito fortes onde eles se encontrarão em uma a subida que é totalmente a céu aberto.
E muita calma. A pista tem muitos pontos de ultrapassagem, porém teremos dois single tracks que tornarão as grandes ultrapassagens quase impossíveis nesses locais. Então, os atletas precisam ter calma para não errar nesses momentos.
Este texto foi escrito por: Debora de Lucas
Last modified: maio 20, 2006