Foto: Pixabay

Itupararanga

Redação Webventure/ Biking, Destino Aventura

O internauta Altemar narra uma pedalada em volta da represa Itupararanga, neste Minha Aventura.

Sou de Sorocaba (SP), pedalo pela região em mini-cicloturismo e também faço mountain bike. Itupararanga é uma represa que abrange cinco municípios do estado de São Paulo; Votorantim, Piedade, Ibiúna, Mairinque e Alumínio. Há pouco tempo pedalando sem experiência alguma em passeios longos, resolvi, junto com meu amigo Juan, dar a volta nesta represa.

Juan, um mexicano de 39 anos e que pedalava pouco, não parecia que agüentaria, mas a disposição era grande de ambas as partes, pois não conhecíamos ninguém que tivesse feito a proeza. Os incentivos eram poucos, não tínhamos nem idéia da quilometragem. Mas tudo bem, tínhamos um dia inteiro.

Saímos de Alumínio pouco antes das 10 horas da manhã, com destino a Votorantim. Uma linda paisagem nos acompanhava sempre. Já nos primeiros metros de Votorantim, uma pequena queda d’água nos refrescou. Mais alguns quilômetros e estávamos na barragem de Itupararanga. Que vista maravilhosa!

O almoço – Seguimos em direção a Piedade, que ficava muito distante dali. A paisagem começou a ficar ainda mais selvagem, muita atenção com animais e insetos, até avistei um veado que com o susto se embrenhou no mato, quase enfartando o Juan, que não chegou nem a ver o bichinho. Já na hora do almoço, encontramos um “boteco”, onde nos foi servido um almoço “presidente”, com comida caseira e caipira. A partir dali o bicho pegou.

Rumamos sentido Ibiúna, passamos pelo condomínio onde o ex-presidente Fernando Henrique possui sua residência de veraneio. Com o sol escaldante e a barriga, digamos, acima do peso, o esforço parecia ser dobrado. Nos perdemos em uma trilha que nos fez pedalar uns 6 quilômetros de subidas fortíssimas, o que provocou ainda mais desgaste físico. Assim perdemos o ritimo e o entusiasmo, mas continuamos em direção a Mairinque, pois estávamos nos últimos quilômetros.

Sofrimento – Sem um preparo adequado, as pernas estavam em transe, pedalavam por hábito. Mas nas subidas o corpo já não respondia aos comandos do cérebro. Já na direção de Alumínio, o sol havia se posto e pedalamos no escuro por mais de uma hora, sem ao certo saber onde estávamos e o desespero começou a bater.

Enfim chegamos ao nosso carro, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido naquele dia sem nenhum imprevisto. Estávamos exaustos, mas realizados pela proeza e boquiabertos com a beleza da região.

Este texto foi escrito por: Altemar José de Souza

Last modified: agosto 22, 2003

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