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Já no Brasil, Lucas Brun conta sua experiência na VOR


Na época valia mais a pena fazer uma Volta ao Mundo do que uma olimpíada afirmou Lucas (foto: Alexandre Koda/ www.webventure.com.br)

Nessa sexta feira (30) o velejador Lucas Brun esteve no Iate Clube do Rio de Janeiro e conversou com os jornalistas sobre sua participação na Volvo Ocean Race a bordo do ABN Amro 2. Sempre bem humorado ele comentou sobre a experiência de uma volta ao mundo, sobre seu futuro no mundo da vela, além de algumas curiosidades da viagem.

Ele fez uma comparação entre vencer uma olimpíada, uma competição onde existe muita pressão da mídia, e vencer um mundial, prova que traz mais retorno pessoal. “Olimpíada não é a competição mais difícil do mundo, é um dos eventos mais fáceis e pra mim seria muito mais prestigioso ganhar um mundial do que uma olimpíada. Na olimpíada, por exemplo, você tem um francês bom, no mundial são 10 franceses que estão se matando, se xingando um ao outro. A dificuldade é muito maior.”

Por outro lado, uma olimpíada acaba representando mais no currículo. “Você pode velejar com um cara que não é muito bom, mas aí vão perguntar: você já ganhou uma olimpíada? Ele já. Hoje em dia vale a pena fazer outras coisas em vez da campanha que é onde eu vou ganhar mais experiência e onde eu vou ganhar dinheiro”.

Lucas diz que dar a volta ao mundo é uma experiência ótima, única na vida. Porém, passar meses no mar longe de casa tem um preço. “Antes de você entrar no barco, não via a hora de entrar no barco, você já está precisando sair de terra e quer velejar. Quando se está no barco, quer chegar em terra, mas assim que chega não vê a hora de voltar. Porém, eu sinto falta da família, dos amigos, da picanha, de um feijãozinho e da caipirinha.”

Velejar é realmente uma paixão para o carioca, que parece sentir certa abstinência de toda a agitação e dá água varrendo o casco do veleiro. “Eu vou estar em Ilhabela (na semana de vela, que acontece na segunda semana e julho) correndo com o Lars (Grael), uma pessoa que veleja muito bem. Eu recebi convites para velejar em barcos pequenos, mas eu ainda estou em cima do muro, não quero fazer uma decisão precipitada.”

Lucas vai competir no veleiro Asa Alumínio, um barco espanhol de 57 pés, comprado há poucos meses, sob comando de Lars Grael. Também estão confirmados na tripulação Felício Bragante e Mario Martinez.

Este texto foi escrito por: Alexandre Koda