Atleta representou o Brasil no Pan do Rio (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)
Direto de Araxá (MG) – A mineira Jaqueline Mourão, uma das fortes candidatas à conquistar a tão sonhada vaga olímpica, se diz confiante e bem preparada para a disputa. A atleta, que vive no Canadá, chegou ao Brasil há 10 dias para poder fazer a aclimatação, já que em terras canadenses ela treina com temperaturas de -20ºC e seis metros de neve.
Não estou focando nas adversárias. Estou pensando na minha preparação, desempenho e performance, comentou. No final de 2007, ela optou por um período maior de descanso para voltar com tudo para a briga pela vaga olímpica.
Os planos são de vir ao Brasil para participar das três provas que valem pontos para a seletiva nacional. Graças a Deus conseguimos colocar o Brasil entre os 18 países que irão para as Olimpíadas, comemora Jaqueline. E há mesmo motivo de comemoração para as atletas brasileiras. Em uma Copa do Mundo, por exemplo, disputam cerca de 120 mulheres em um prova. Nas Olimpíadas, serão apenas 30. É a nata da nata que estará lá e é muito bom para o Brasil estar também, completou. Da América do Sul, apenas Brasil e Chile garantiram vaga.
Porém a atleta acha ruim estar fora do cenário internacional. Como preparação para Pequim é prejudicial, já que todos os países fazem suas classificações nas etapas da Copa do Mundo, então o ritmo de prova lá fora vai estar muito alto. E não estando em contato com esse ritmo fica mais difícil. Isso deveria ter sido levado em conta quando a CBC formulou o critério, comentou.
Critério tardio – Segundo Jaqueline, em 2005, as atletas da elite nacional formularam um documento enviado à CBC onde pediam um critério para a classificação olímpica brasileira. Desde quando a UCI lançou o critério, em 2005, buscamos pontos para o Brasil. Infelizmente estarei fora do cenário internacional para competir nas provas brasileiras. Mas o ponto positivo é poder estar no Brasil, perto da minha família e das pessoas que amo, disse.
Jaqueline pode ser considerada uma das responsáveis pela classificação brasileira, já que foi a atleta que mais somou pontos no ranking da UCI. Mesmo assim, precisa vencer a seletiva nacional para garantir o passaporte para Pequim. Apesar de tudo, que vá a melhor. Que essa pessoa represente o Brasil da melhor forma possível, disse.
Este texto foi escrito por: Webventure