Motor apresentou problemas de vazamento e queima de óleo (foto: Donizetti Castilho/ www.webventure.com.br)
Jean Azevedo e Youssef Haddad alcançaram mais um bom resultado na 10ª etapa do Rally Dakar. Com o tempo de 7h14min45, a dupla ficou com a 19ª posição do dia e subiu da 30ª para a 23ª colocação na classificação geral. Mas para chegarem a esse resultado, eles tiveram que encarar problemas no carro e no percurso, que cruzou o Deserto do Atacama.
Hoje (terça-feira) era o dia que a gente esperava que fosse mais crítico na navegação, mas muito mais na parte de GPS, de dunas, e a organização fez uma pegadinha e desenhou uma tulipa errada, bem na parte de navegação por tulipa. Nós chegamos lá e tinham vários carros e várias motos perdidos, andando de um lado para o outro. Ficamos um tempo até nos achar e demos sorte de, naquele pelotão inteiro, sermos os primeiros a achar o caminho, contou o navegador Youssef Haddad. Ele disse ainda que foram seguidos pelos outros competidores perdidos. A poeira ficou para quem estava lá parado. Todo mundo estava esperando alguém achar o caminho para sair de lá.
Youssef, Jean e todos os participantes do Dakar terão mais um dia sem competições nesta quarta-feira (14), mas desta vez não é um dia de descanso, mas uma pausa na prova graças à neblina em Copiapó, no Chile, que atrasou a largada de terça-feira e cancelou as disputas da 11ª especial.
Até hoje (terça-feira) de manhã eu estava pedindo para ter mais quilometragem porque estávamos vindo em um ritmo legal, e esta região de dunas estava nos favorecendo, até que estamos saindo do Atacama sem atolar nenhuma vez, então tínhamos esperança de subir na classificação, contou após a notícia do cancelamento da etapa.
Problemas no motor – Engenheiro mecânico, o navegador da equipe Petrobras Lubrax relembra que além da tulipa, quem levou mais empecilhos à especial foi o motor do carro deles, que no décimo quilômetro do trecho cronometrado começou a vazar óleo, o que levou a dupla a parar no caminho e discutir a permanência na prova.
Foi um sufoco. Há seis quilômetros do final tivemos que parar pela última vez para completar o óleo, para terminar o dia. Então agora é buscar posições, queremos levar o carro até o final e sabemos que o carro está debilitado, então quanto menos quilômetros, melhor, afirmou.
A equipe de apoio de Jean e Youssef começou os reparos no veículo logo após a 10ª especial, mas o navegador pondera que apenas o problema de vazamento de óleo pode ser corrigido. Já a questão de o motor queimar o óleo parece ser incorrigível. O carro tem um problema de perda de pressão muito grande desde o primeiro dia e isso vem se agravando. Cogitamos abrir o motor no dia de descanso, mas aqui não tem estrutura. Não pode faltar óleo. O motor só vai travar se faltar óleo. Hoje foram nove litros e se for preciso mais 50 litros até o final do rali a gente vai parando e colocando, explicou Haddad.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure
Last modified: janeiro 14, 2009