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José Hélio e a dupla Marlon/Joseane Koerich mantém posições no Rally por las Pampas


Nani Roma assumiu a liderança na geral (foto: Fábia Renata / www.webventure.com.br)

Direto de La Serena (Chile) – A quinta etapa do Rally por las Pampas, prova de abertura do Mundial de Cross Country, foi boa para os brasileiros. Nos carros, os irmãos catarinenses, Marlon e Joseane Koerich terminaram em terceiro lugar, atrás apenas das duas duplas da Mitsubishi européia de Luc Alphand/Gilles Picard e Joan Roma/Henri Magne.

Nas motos, José Hélio novamente fez o quarto melhor tempo e o chileno Francisco Lopez venceu a primeira especial disputada em seu país. Neste domingo, a caravana deixou Santiago e chegou em La Serena, cidade litorânea.

Depois de percorrer os 240,67 quilômetros de especial, José Hélio estava contente, apesar de ter tido problemas com o tanque de gasolina. “A trilha de hoje foi muito técnica, com piso muito liso, como nunca tinha visto na vida. Foi muito parecida com as especiais que temos no Brasil, que não são tão escorregadias. O rali está nota dez na parte desportiva, as especiais são muito grandes”, disse Zé Hélio, que teve que desacelerar durante a prova, pois a moto novamente acusou que estava na reserva.

Dimas Mattos ressaltou a importância dos equipamentos de segurança, pois na especial deste domingo, o piloto escorregou em uma laje de pedra dentro de um rio. “A etapa de hoje foi muito rápida, muito escorregadia, com precipícios, mas foi deliciosa. Hoje vi como estes equipamentos de segurança são bons. Caí, levantei e fui embora, sem sentir nada”, disse Mattos.

No início do Rally por las Pampas, o Brasil tinha cinco duplas representando o país na categoria carros. Paulo Nobre, o Palmeirinha, foi o primeiro a deixar o rali, depois de uma capotagem. No dia seguinte, Maurício Neves bateu forte e também saiu da prova. Agora foram Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo, da Mitsubishi Racing, que deixaram a prova, por terem abastecido a L200 com diesel contaminado. Assim, as duas duplas do Chevrolet Rally Team, Marlon e Joseane Koerich e Luís Tedesco/Rogério Almeida, são as únicas representantes brasileiras na categoria carros.

“Nosso objetivo continua sendo o mesmo, que é chegar com as duas S10 até Iquique. Estamos aqui para aprender, chegamos à metade da prova e tem muito rali pela frente. A equipe está cuidando bem dos carros”, disse Luís Haas, diretor esportivo do Chevrolet Rally Team.

Os 240,67 quilômetros de especial, entre Santiago e La Serena, foi bem ao gosto do piloto catarinense. “Hoje gostei muito da prova. Foi bem parecida com o que temos no Brasil, só que com muita pedra. A especial foi muito técnica, com piso bom, tinha estradas estreitas, com penhascos”, disse Marlon.

Para a navegadora Joseane Koerich, a etapa também foi tranqüila, apesar de a planilha ter muita mudança de sentido, muita referência. “Foi tudo dentro do esperado. Largamos em terceiro lugar e amanhã sairemos na mesma posição. Nossa S10 está perfeita, sem nenhum problema”, afirmou.

Rally a caminho do deserto – O Por las Pampas Rally entrou em uma região de transição hoje, saindo de uma região fértil e passando para o deserto. O forte calor foi um dos adversários. O navegador cearense Rogério Almeida se lembrou de casa nesta etapa.

“Hoje foi muito legal, um verdadeiro carrossel, com muita subida e descida em serra. O dia estava muito quente, lembrou muito o meu nordeste, só que o ar aqui é bem mais seco. Subimos mais um degrau, em uma etapa muito técnica. A única coisa que deixa a desejar é a segurança, pois mais uma vez encontramos com veículos locais na trilha”, contou Almeida.

Nesta segunda, o Por las Pampas Rally sairá de La Serena e chegará a Copiapó, no Deserto do Atacama, região mais seca do planeta. A especial terá 375,90 quilômetros, com dunas no final.

Este texto foi escrito por: Fábia Renata