Dupla Sub 20 fez o melhor tempo do prólogo (foto: Daniel Costa/ Webventure)
Direto de Mucugê (BA) – O alemão Andy Eyring e o suíço Lucas Kaufman foram os mais rápidos do prólogo deste domingo, na abertura da Claro Brasil Ride. A dupla que integra a seleção sub 20 em seus países deixou os mais experientes para trás com o tempo de 31min07 no circuito de 12,5 quilômetros.
Em segundo ficaram os suíços Martin Gujan e Christof Bischof, cotados como um dos favoritos, a 18 segundos dos campeões. Os tchecos Robert Novotny e Kristan Hynek, campeões nacionais de Mountain Bike, terminaram na terceira colocação com o tempo de 32min30.
Para o alemão Eyring, a principal dificuldade foi concentrar nos perigos da trilha. Estava muito escorregadio, era preciso estar atento o tempo todo, concentrado. É muito difícil andar com cuidado e rápido ao mesmo tempo, afirma. Christof Bischof terá de concordar com o jovem vencedor, o suíço sofreu uma queda no início da trilha, perdendo segundos que poderiam ser decisivos para esta primeira etapa da prova. Escorreguei em uma curva para a direita, logo no início da prova. Mas para as próximas etapas devemos fazer uma boa corrida, estamos em ótimas condições e vamos dar nosso melhor, explica.
Para o companheiro Martin Gujan, a prova de amanhã muda completamente de característica. Hoje foi uma prova de apenas 30 minutos, muito boa para nós que somos competidores de cross-country. Nas outras etapas a resistência conta bastante, acho que amanhã será completamente diferente, avalia.
Brasileiros – As principais duplas brasileiras da categoria Open fizeram dobradinha no quarto e quinto lugar. Edivando Cruz e Odair Pereira terminaram o prólogo com 33min23, e Ricardo Pscheidt/Gilberto Góes logo atrás, com 34min29.
É a primeira prova de Edivando e Odair juntos, e a dupla ainda está em fase de adaptação. É uma prova de etapas longas, hoje foi só uma demonstração geral. Conseguimos fazer uma prova boa, já que é nossa primeira competição em dupla. É preciso entrar em harmonia, dosar o ritmo conforme a técnica e força de cada um. Uma grande vitória é terminar essa prova, a colocação vem depois e são outras comemorações, diz Edivando.
Já Odair afirma estar ainda em fase de adaptação para prova em dupla. Já nos conhecíamos como atleta, nas competições, mas nunca corremos juntos. O Vando está com um ritmo mais forte, pois parou de competir depois de mim. Hoje já deu para ver onde ele está mais forte e eu sofri mais, uma prévia do que vai acontecer nos próximos dias. Vamos ter que trabalhar em equipe, meu intuito é ir melhorando a cada etapa, durante a prova, conta.
Caso parecido é o da dupla Ricardo Pscheidt e Gilberto Góes. Campeão Brasileiro de cross-country, Pscheidt passou a treinar recentemente longas distâncias, enquanto Góes se especializou em estrada, mas há muito não compete de mountain bike. Senti muita dificuldade nas partes de pedra, estou bem desacostumado com isso. O calor judiou também. Espero estar o mais próximo possível do meu companheiro para fazermos um bom papel, colocar a dupla brasileira entre os primeiros, afirma Góes.
Queremos fazer um bom papel, representar bem o Brasil. Temos várias duplas fortes estrangeiras, mas estamos com o pé no chão. Essa prova é completamente diferente para nós, vamos mais nos defender do que tentar arriscar alguma coisa. Mas hoje já foi um bom começo para nós. Deu para sentir totalmente como vai ser, é bom para saber o que vamos pegar pela frente, completa Pscheidt.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: novembro 14, 2010