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Juquiá 2000: emoção, adrenalina e muita chuva


Vítor Lopes e Sabrina Majella da Lontra logo depois da chegada: cansaço com gosto de vitória (foto: Débora de Cássia)

Uma chegada emocionante que misturou sorriso, lágrimas, alívio e sentimento de conquista. A Juquiá 2000, etapa do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, reservou esta emoção para o seu final. Depois de enfrentar provas de rafting, trekking, canoagem, e mountain bike, as primeiras equipes começaram a chegar no Sítio Dois Palmitos, em Juquitiba, na manhã de hoje.

Às 7h22, chegaram os “guerreiros” da campeã Lontra Radical. A diferença entre a Lontra, que também faturou o Raid Brotas Extreme, e a segunda equipe, a Pés Sujos, foi de apenas quatro minutos. “O trecho de trekking antes da bike foi duro e, além disso, o meu pneu acabou furando”, contou Vítor Lopes, da Lontra.

Para Adriana Nascimento, da Pés Sujos, a emoção da segunda colocação, e da conquista da última vaga da EMA 2000, foi traduzida através de lágrimas. “Estou muito feliz, chegar ao final é uma coisa muito boa”. Na terceira colocação ficou a equipe Quasar, que teve problemas no rafting mas mostrou muita garra, estando sempre na disputa pela vitória.

Adrenalina e chuva em Juquiá – Muita chuva, frio e adrenalina. Esses foram os ingredientes da Juquiá 2000. Os atletas de todas as equipes tiveram de lidar com barro, corredeiras velozes e águas barrentas para conseguir completar a prova. O mal tempo também foi responsável por algumas mudanças no percurso.

A largada aconteceu pontualmente às 8h no Sítio Canoar, em Juquitiba. Os competidores saíram para um trekking de aproximadamente 700 metros e logo se jogaram no rio Juquiá, numa etapa de natação/trekking. O frio era intenso mas todos as equipes demonstravam ânimo e bom humor, mesmo dentro d´água. Ainda no rio, os times encontraram, afixados, botes que seriam utilizados na próxima etapa: uma descida de rafting onde o maior desafio foi um conjunto de corredeiras chamada “Autorama”.

Na etapa final do rafting, muita velocidade, botes virados e alguns acidentes. Com a chuva, o nível das corredeiras chegou a IV, se transformando num desafio ainda maior para os atletas. Porém, ninguém se feriu gravemente e os times seguiram rumo a outra etapa de trekking, agora de 2,5 km.

Fôlego – No momento deste segundo trekking, mais uma dificuldade imposta pelo mal tempo: a lama. O condicionamento físico foi fundamental para manter o fôlego e seguir em frente com um desgaste dobrado.

Vencida esta etapa, os competidores pegaram suas bikes para uma pedalada de 39 km. Além de condicionamento físico, este trecho exigiu muita navegação. O desafio era não se perder em trilhas no meio de bananais. “Estávamos indo para o lado contrário. Por por muito pouco a gente não foi na direção contrária a do PC”, contou Lais Fleury, da equipe Do Além, durante a prova de bike. Como ela, outros atletas se perderam e chegaram cheios de lama até o PC5.

Trekking suspenso: segurança – No PC6, a primeira modificação por conta da chuva: o trecho de serra que seria percorrido no trekking foi cortado. “Fizemos isso pela segurança. Se este trecho fosse feito, com certeza as equipes estariam correndo risco de vida” , explicou Alexandre Freitas, um dos organizadores da prova e responsável por todo o Circuito.

Os atletas chegaram ao PC6/AT4, de onde em princípio iniciaria a etapa de trekking, para serem transportados de carro rumo ao Bairro Santa Rita, local da canoagem. Todos os carros tiveram que gastar no mínimo 45 minutos para fazer este transporte e a equipe que fizesse em menos tempo seria penalizada. Esta regra foi imposta para evitar que os carros de apoio trafegassem em alta velocidade. Até o PC6/AT4, a equipe Quasar era a primeira colocada. Em segundo lugar estava a Pés Sujos e, em terceiro, a Lontra Radical.

Algumas equipes enfrentaram problemas para chegar na canoagem por conta de um ônibus que virou na pista. O veículo, porém, foi logo removido e a prova continuou normalmente. O trecho de canoagem foi tranqüilo e no PC9/AT5, os atletas pegaram novamente a bicicleta e partiram para um trecho de aproximadamente 30 km. Até este PC, a vantagem era da equipe Quasar, seguida pela Pés Sujos e Lontra Radical.

Briga contra a lama – Mais lama, bananais e trilhas mais fechadas dificultaram o andamento das bikes, que muitas vezes tiveram de ser carregadas. Já era noite quando as primeiras equipes chegaram para a bike e se preparam para mais um trecho de canoa. Na próxima transição, mais uma mudança: ao invés de mountain bike, o trekking foi a modalidade. Além disso, foi criado o PC14A, chamado por alguns atletas de “PC fantasma”, que trouxe mais dificuldades a essa etapa. “O colete virou equipamento especial de trekking”, brincou Manuel Rengade, da Quasar, ao falar deste trecho, onde, dentre outros desafios, os atletas tiveram de fazer travessia de rios.

Ao chegar no PC15/AT11 (último da prova antes da chegada), os times pegaram novamente as bicicletas e rodaram aproximadamente 15 km até a chegada no Sítio Dois Palmitos, em Juquiá.

Os cortes aconteceram às 3h no PC11/AT07, onde os taletas chegaram de bike e foram para a canoagem. Nove equipes ficaram na categoria Expedição e quatro na Alternativa.

Não perca as matérias especiais e fotos que a Webventure perparou para a cobertura desta aventura.

Confira os resultados da Juquiá 2000

Categoria Expedição

1) Lontra Radical

2) Pés Sujos

3) Quasar

4) Iancatu

5) Equipiratas

6) Alaya – By

7) Bicho do Mato

8) Floripa

9) Storm

Categoria Alternativa

1) Do Além

2) Equipepino

3) Original Kayaks

4) Escoteiros da Pátria

Desistentes

– Zip.Net

– Adventure Gear

– By Impacto

– Flecha da Prata – Mercedes Benz

– Extremos

– Canoar Aquática

– Fazendo Onda

– Quarup – Hoyalux
– Extremaventura 2000

– I Bike

Este texto foi escrito por: Débora de Cássia