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Kleber Tinoco, organizador do Rally RN 1500, fala sobre a prova e a expectativa para esse ano


Tinoco fala das expectativas sobre o RN1500 de 2008 (foto: Divulgação)

Direto de Natal (RN) – Na véspera da largada do Rally RN 1500, o organizador da competição, Kleber Tinoco, conversou com a reportagem do Webventure e falou da expectativa para a prova, dos problemas com as chuvas e do aumento do número de participantes. Confira.

Webventure – O que os competidores irão encontrar no RN 1500 deste ano?
Kleber Tinoco
– Uma prova igual às outras edições, mas completamente diferente. Temos um sertão com muita chuva, que muda completamente as características da região, está tudo muito verde, sumiu a aridez que todos estão acostumados e isso tudo contribuiu para mexer com a prova.

O que diferencia o Rally RN 1500?
O principal ainda se mantém, a característica do RN 1500, que é ter a maior diversidade de terrenos possível em uma prova de apenas quatro dias. Mesmo com as chuvas, eles irão enfrentar pedra, areia, duna, beira mar, sertão, tudo… Tem todos os componentes necessários para um grande rali e para o desenvolvimento de um piloto. Estão todos aí no RN 1500.

A chuva mudou o tipo de terreno da prova?
Temos uma prova que é no sertão, basicamente nas mesmas regiões dos outros anos, mas com características diferentes graças às chuvas. Possibilidade de encontrar muita água e, conseqüentemente, o terreno muito mais escorregadio, pedras aparentes, muitas erosões. Componentes que vão tornar os dois primeiros dias de prova muito mais difíceis.

O que a organização está fazendo para contornar os problemas do primeiro dia, já que muitas das trilhas tinham água e o percurso teve que ser alterado?
Eu já tenho pronto o roteiro de mais três RN. Começamos a levantar essa prova e o traçado ficou pronto no início de março. Em razão das chuvas, a cada conferência era necessário mudar a rota. Ainda hoje, na véspera da prova, estamos fazendo ajustes. Só que dessa vez esses ajustes são para que a prova não corra riscos, como um rio muito cheio, por exemplo. Teremos uma prova difícil, duro, mas tranqüila no primeiro dia. Mas por opção nossa, cortamos os deslocamentos por terra no segundo dia, será todo em asfalto.

Qual o dia mais difícil para os pilotos?
O primeiro dia é difícil, apesar de ser mais curto (77 quilômetros de especial). Mas terá muita navegação e muita dificuldade para andar devido às erosões e variações de terreno. E também pelo fato de ser o primeiro dia. Os pilotos estarão “frios”, tem toda a história de primeiro dia mesmo.

E para os próximos dias, o que esperar?
No terceiro e quarto dia teremos dunas. Andamos muito em areia, mas será o primeiro ano que teremos dunas. Obviamente que a duna exige muito mais atenção, muito mais cuidado e navegação. Será no litoral norte, em Guamaré e Galinhos.

O RN 1500 passará por algum trecho que passará o Rally dos Sertões deste ano?
Todo e qualquer trecho que se faça no estado, na região entre Mossoró e a costa branca, nós já cruzamos. São 11 edições e muito provavelmente seja parecido ou absolutamente igual, o que é normal. Isso acontece em qualquer rali do mundo. Não muda absolutamente nada, só faz acrescentar. Tenho certeza que os pilotos que participarão do Sertões neste ano terão uma etapa de encerramento muito bonita.

O número de carros te surpreendeu?
Em 2006 tivemos um bom número de veículos. Já em 2007, por causa de calendário, esse número caiu. Mas voltamos a ter um número bom, e acho que é importante a presença de pilotos vindos de São Paulo, que é interessante para que conheçam e desenvolvam seus carros. Além disso, a prova é homologatória para o Campeonato Brasileiro de Rally Cross-country do ano que vem, o que é muito positivo.

E quanto às motos?
Estamos com um número recorde de motos, já superamos as 70 motocicletas. E isso é muito bom, acho que estamos no caminho certo.

O que você espera do RN 1500 deste ano?
Que seja duro, difícil e bem feito.

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni