O Brasil passa um período de muitas dificuldades e incertezas: a crise energética, a iminente falência do Mercosul, dólar e juros altos, a inflação e a desvalorização do mercado de ações. Não é por acaso que todos estão preocupados com a situação atual.
André Azevedo e Klever Kolberg, pilotos que há 14 anos representam o Brasil no Rali Paris-Dakar, estão acostumados com as adversidades que podem ocorrer a qualquer momento. A equipe conseguiu superar momentos difíceis e, como resultado, conquistou 12 pódios da prova mais difícil e perigosa, sendo quatro como primeiro lugar.
Baseados nas próprias experiências, eles desenvolveram palestras motivacionais para mostrar como é possível ultrapassar e administrar crises. E esse é o tema de duas palestras de Klever Kolberg nesta quinta-feira, 16/08, no Hotel Sofitel Rio Palace, no Rio de Janeiro.
Contando as histórias de situações vividas no deserto do Saara, na África, e fazendo um paralelo com a situação atual do país, a André e Klever mostram que agora é um momento onde é preciso estar motivado para enfrentar a conjuntura com criatividade, transformando problemas em soluções e dificuldades em oportunidades. Eles mostram que desperdiçar energia com lamentações, ou uma visão pessimista, não é o caminho. É necessário estar atento para dar 100% da capacidade individual e manter confiança na equipe, comenta Kolberg.
Nas palestras, André e Klever abordam temas discutidos diariamente nas empresas, como planejamento, trabalho em equipe, administração de riscos, competitividade, mudanças, treinamento, superação de limites e inovação. Os pilotos moldam as apresentações conforme a orientação do cliente. Num grande rali, como o Paris-Dakar, os competidores brasileiros são obrigados a administrar a pressão externa, superar obstáculos, trabalhar em equipe e, principalmente, saber localizar-se em um ambiente que muda a cada instante. A única diferença que há no mundo dos negócios é que os executivos andam de terno e gravata, e nós vestimos macacões, compara André Azevedo.
Para que esta troca de aprendizados aconteça de forma interessante e atraente para a platéia, Klever Kolberg e André Azevedo usam recursos de multimídia, mesclando fotos, mapas, gravuras, filmes e músicas editadas especialmente para o evento.
André explica que o mundo corporativo e o rali são muito semelhantes: Temos de lidar com estratégia, equipe, concorrência, tecnologia, constantes mudanças e administrar fornecedores, clientes e recursos, o que nunca é farto, disse André. Klever dá o exemplo do próprio roteiro da prova. O percurso muda a cada ano, nunca foi repetido, é secreto e só é apresentado na hora da largada. Ou seja, é desconhecido, não temos como montar bases avançadas de apoio, fazer testes ou reconhecimentos. Competidores, equipes e equipamentos estão sempre evoluindo, um copiando ou superando o outro. A única certeza é a mudança. Os sucessos do passado não garantem as vitórias do futuro. E nós precisamos estar em constante evolução, nos preparando previamente, continuamente e progressivamente, comenta Klever.
Meses antes do Paris-Dakar, que começará no dia 26 de dezembro, a equipe BR Lubrax planeja muito bem a corrida e os preparativos começam 11 meses antes. O ambiente da prova é altamente competitivo, estressante e dinâmico. Para que tudo dê certo é preciso ter informações. Nada é obtido por acaso. Portanto, a troca de informações entre a equipe deve ser algo constante e intenso.
A Equipe BR Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Mitsubishi Motors do Brasil , Pirelli, e Eletronet, e apoio de Concessionárias Honda, VAZ Sprockets Chains, Carwin Acessórios, Controlsat Monitoramento Via Satélite, Iveco, Minoica Global Logistics, Mitsubishi Brabus, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor, Dakar Promoções, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports , Vista Criações Gráficas e Webventure.
Este texto foi escrito por: Ana Carolina Vieira / Ricardo Ribeiro
Last modified: agosto 16, 2001
