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Klever Kolberg priorizará a sustentabilidade no Rally dos Sertões


Klever usará novamente um carro movido a etanol (foto: Marcelo Maragni/ www.webventure.com.br)

Em 2010, Klever Kolberg iniciou uma nova jornada em sua carreira. Durante o Rally dos Sertões, o piloto estreou seu projeto de carro movido a etanol. Mesmo sem completar o maior rali do mundo, a experiência a bordo de um carro com combustível diferenciado foi muito válida. Preparado para correr o Rally dos Sertões, que terá início nesta terça (10), o piloto mais uma vez apostará em um veículo movido a álcool.

“Eu fiquei três anos sem participar e agora, estou em uma fase nova, em que meu objetivo principal é divulgar o projeto de etanol e provocar as pessoas quanto às atitudes delas e o que elas estão fazendo com o planeta. Eu acho que estamos em um momento em que precisamos mudar a nossa postura. Nós temos deixado muito a responsabilidade para os outros, falando da sustentabilidade, mas fazendo pouco para isso se concretizar. O objetivo principal não é mais vencer a prova”, afirmou Klever.

Correndo ao lado do navegador Flávio França, o piloto não acredita que terá muitas chances de resultados expressivos no segundo maior rali do mundo. Mesmo assim, Kolberg está confiante que será o número um em sustentabilidade.

“Pensando quanto à competição, as chances não são grandes. Nós precisamos levar um tanque muito grande e temos que nos preocupar com o reabastecimento nas etapas e isso acaba consumindo nossa competitividade. Naturalmente, como todo competidor, eu quero chegar bem classificado, mas se eu tiver que escolher entre a postura em relação ao meio ambiente e a minha competitividade, eu escolherei a natureza”, disse.

Novo – Apesar do projeto chegar à sua segunda fase, o Protótipo Etanol no qual Klever estará a bordo será completamente novo. O carro não se assemelha em quase nada com o veículo que correu o Dakar, no começo do ano. Um dos grandes diferencias será o valor investido no mesmo.

“Um ponto interessante é que nós escolhemos um carro que entrasse nesse contexto sustentável. Então, ele é algo viável e mostra para outros competidores que é possível ter um carro bom que seja barato e econômico. Eu, por exemplo, não usei um cambio sequencial porque, só o preço dele, é o valor do meu carro todo. Se eu usasse algo assim, acabaria assustando outros competidores que pensam em, um dia, utilizar um veículo movido a etanol. Não faz sentido você tentar convencer as pessoas a usar algo ecologicamente correto gastando algo que não seja viável”, explicou.

Este texto foi escrito por: Caio Martins