Klever Kolberg no acampamento em Nema; piloto vai dar ajuda a Juca. (foto: Ricardo Ribeiro)
Nema (Mauritânia) – Depois de dois dias de sofrimento com o carro quebrado rodando pela região do deserto do Saara, o piloto brasileiro Klever Kolberg reencontrou nesta terça-feira a caravana do Rally Paris-Dakar 2001, no vilarejo de Nema, na Mauritânia.
Ele chegou no início da tarde de carona com um morador da cidade de Kiffa, onde deixou o seu carro, e agora a sua preocupação é ajudar e torcer pelo seu colega, Juca Bala, único “sobrevivente” da equipe BR Lubrax na prova off-road mais difícil do mundo.
Klever abandonou o Dakar quando liderava a categoria carros com motores a diesel pilotando seu Mitsubishi Pajero Full, no último domingo, na etapa em volta da cidade de Tidjikja, na Mauritânia. “Quebrou o diferencial e meu carro ficou sem tração dianteira, transformando-se num automóvel de passeio comum como aqueles usados na cidade. Tentamos até o final, mas era impossível atravessar as imensas dunas dessa maneira”, lamentou Kolberg. O trecho teve 513 quilômetros cronometrados e foi o mais difícil da competição até agora.
Hoje à noite ele deveria voltar para Kiffa buscar o carro e tentará acompanhar o rali até Dakar por rotas alternativas. “Preciso reencontrar a competição para dar apoio ao Juca Bala, que está fazendo uma corrida belíssima e é líder isolado na categoria motos de até 400 cilindradas, com uma diferença de quase 10 horas para o segundo colocado, o francês Nicolas Boyer”, afirmou Kolberg. Juca está pilotando uma Honda Falcon Rally. “Também quero dar apoio aos brasileiros Reinaldo Varella, Alberto Fadigatti, Cacá Clauset e Jorge Nieckele”, contou Klever.
Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro
Last modified: janeiro 16, 2001
