Tidjikja (Mauritânia) O dia não foi fácil para o piloto Klever Kolberg (229), da equipe BR Lubrax, na 12ª etapa do rali Paris-Dakar. Na etapa deste sábado, com 654 quilômetros (580 cronometrados), entre Noakchott e Tidjikja, na Mauritânia, o brasileiro tombou seu Mitsubishi Pajero Full.
“De repente apareceu um buraco na minha frente, parecido com uma duna de ponta cabeça, e aí o carro virou. Nem estávamos correndo tanto naquela hora”, contou ele ao chegar ao acampamento da competição.
O pequeno acidente não comprometeu a estrutura do carro, que ficou amassado no lado do co-piloto. Kolberg e o navegador Bruno Cattarelli, que saíram ilesos, foram ajudados pelo francês Stephane Peterhansel, seis vezes campeão do rali Paris-Dakar na categoria motos. Nos últimos três anos, o lendário piloto está competindo nos carros.
Hoje foi uma etapa estressante na avaliação dos competidores que conseguiram alcançar Tidjikja. Aliás, a própria organização já havia avisado que o sábado deveria ser “negro” para os pilotos da prova off road mais difícil e perigosa do mundo. “Chegar foi vencer. Para qualquer um”, resumiu Kolberg.
Segundo o brasileiro, líder isolado na classificação geral para carros a diesel, a especial de hoje exigiu esforço dobrado. “Havia uma mistura de erva de camelo com duna e pedra com areia. Colocar terceira marcha foi um luxo”.
Na avaliação de Klever Kolberg, alguns pilotos sofrerão bastante para terminar a etapa. Vários ficaram pelo caminho, principalmente de motos, por falta de combustível. “No domingo ainda vai ter gente chegando. Pode apostar nisso. Afinal, a prova de hoje, depois do km 200, estava um inferno “.
Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro
Last modified: janeiro 13, 2001
