Amyr Klink e Waldemar Niclevicz são duas das personalidades que estão neste exato momento no meio do oceano Atlântico participando da Regata 500 Anos de Descobrimento. Klink, navegador, está acostumado a viagens longas – já ficou 100 dias num barco a remo, atravessando este mesmo oceano e quase dois anos num veleiro, nas geleiras da Antártica. Já para o alpinista Niclevicz, navegar é um hobby que ele dificilmente tem tempo de aproveitar.
Com esse gosto em comum os dois podem unir suas especialidades num novo projeto criado por Klink, que neste ano experimentou o off-road no Rally Paris-Dakar-Cairo: eles iriam de barco até alguma montanha que termine na água e subiriam juntos.
Enquanto tenta convencer Niclevicz, que já tem compromisso para os próximos dois meses encarando a segunda maior montanha do mundo, o K2, Klink está curtindo a travessia. “Adorei a largada”, disse ele, dentro do seu barco, o Paratii: “Foi emocionante. Nunca tinha manobrado com tão curto espaço. Se batesse em outro barco ali, o outro afundava. O meu é feito para bater em gelo.”
Diversão – Nesta regata, ele está acompanhado por Marcos Hurodovich, Jamil Aun e Fábio Tozzi: “Uma viagem comemorativa como essa não tem graça fazer sozinho. É uma prova bonita, com um significado histórico e é gostoso estar com uma tripulação para fazer o barco andar no limite, retardar mais as manobras, passar mais perto das ilhas…”.
Klink está se divertindo com o mastro Aerorig que colocou no Paratii, feito de fibra de carbono e mais fácil de manusear, por ter um só cabo de comando para as duas velas: “Com esse mastro, fico o dia inteiro ziguezagueando sem usar o motor. Giro a 360 graus a qualquer instante.
É prático, mas ao mesmo tempo é técnico. Sinto o mesmo prazer que tem os grandes navegadores do Brasil, como o Alex (Welter) e o Torben (Grael).”
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: março 15, 2000