A riqueza submarina da Laje de Santos. (foto: Alcides Falanghe / Scuba)
O Parque Estadual Marinho da Laje de Santos é um dos principais locais para o mergulho no estado de São Paulo. Tornou-se parque para se garantir na conservação de sua biodiversidade biológica: nele, a pesca é proibida.
Na ponta Sul da Laje estão rochedos submersos, que formam diversas piscinas entre eles e que servem de abrigo para cardumes de peixes-cirurgiões, além de anchovas e cavalas que vê do mar aberto para esta região. As pedras chegam à profundidade de 25 metros, onde cedem lugar à areia grossa e rica em animais bentônicos.
Aos 35 metros está o Parcel das Âncoras, onde inúmeras âncoras de traineiras se perderam ao ficarem presas nas pedras submersas.
Caixaria
Neste ponto é possível encontrar os restos de uma traineira que se chocou com a Laje no início dos anos 80. Da embarcação, encontrada a 20 metros de profundidade, sobrou apenas uma parte do casario que se encontra semi-enterrado na areia, possuindo uma pequena vigia. Subindo, encontra-se uma pedraria e algumas tocas onde se escondem garoupas e badejos. Peixes-frades também são freqüentes nesta área.
Portinho
Ali estão localizadas as poitas das embarcações das operadoras de mergulho. É também o lugar onde normalmente as arraias-jamantas são avistadas. Rochas pequenas compõem o fundo até 18 metros, quando dão lugar a um areião. Sempre que estiver mergulhando neste ponto ou em qualquer outro da laje não deixe de observar o azul de tempos em tempos. É dali que irão aparecer as famosas arraias-jamantas, os peixes-luas e, eventualmente, até tubarões.
Naufrágio da Moréia
Este é o primeiro naufrágio artificial da costa brasileira. Afundado em 1992 pela operadora de mergulho Centralmar, esta embarcação está a 23 metros de profundidade e assentada na areia. É possível observar seu casario na proa, o banheiro e todo o convés, onde está a entrada para o porão. Não é recomendado entrar no barco, que está se desmanchando por causa da corrosão. Grandes garoupas e badejos são sempre avistados nesta área.
Rampa
Na ponta norte da ilha há uma rampa de pedra recoberta por algas e pequenos organismos marinhos. Esta pedra segue submersa para o norte, muito além da Laje de Santos. É necessário não descuidar neste mergulho. Ali é freqüente uma leve corrente que leva em direção ao alto-mar e, a partir de um determinado momento, a Laje não estará mais fornecendo abrigo. Neste local, é possível observar cardumes de cavalas e anchovas.
Paredão
Este mergulho só é possível em dia de mar calmo e para mergulhadores avançados. No lado do barlavento da Laje de Santos existe uma parede vertical que segue da superfície até os 40 metros de profundidade. Em alguns pontos, esta inclinação chega a ser negativa. A parede é praticamente lisa, sendo um bom local para observação de grandes pelágicos e cardumes de peixes de passagem.
Como chegar
Vindo de São Paulo, pelo Sistema Anchieta/Imigrantes. Partindo do Rio, pela Rio-Santos.
Telefone do Parque
Fone: (13) 261-3445.
Dica
Ligue antes para as operadoras de mergulho para saber se é possível mergulhar na Laje de Santos. Muitas operações são canceladas por causa das condições do mar, imprevisível na maioria das vezes.
Este texto foi escrito por: Webventure