Simões e Gasperini correndo em família. (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)
A fama ficará com poucos. Aqueles que chegarem ao final do Rally dos Sertões nas primeiras colocações ganharão destaque, reconhecimento e muitos tapinhas nas costas. Mas a verdade é que boa parte dos 228 pilotos inscritos nas categorias Carros, Motos e Caminhões só pensa em cruzar a linha de chegada da prova, em Goiânia, no dia 9 de agosto.
A legião de competidores que tem os 4.962 quilômetros de percurso dos Sertões como grande aventura não está nem aí com as primeiras colocações. Nossa estratégia é manter a regularidade, poupar o carro e chegar ao final, explica Péricles Simões, que forma dupla com Eduardo Gasperini, na Super Production.
Sogro e genro, os competidores da equipe Off Road 100 Limites estão em Goiânia para a largada do rali porque vêem a velocidade como hobby e uma ótima forma de fugir do estresse da vida executiva. Gasperini, inclusive, fará sua estréia no Sertões. É a realização de um sonho estar aqui, diz. Chegar entre os 15 primeiros já nos fará sentir vitoriosos”, ressalta Simões.
Integrante da equipe Fort Rally Team, o piloto paulista Oberdan Reis também não fica sonhando com o glamour de uma conquista do Sertões. Pensar em chegar na ponta seria muita prepotência da minha parte, explica o dono de uma S10, que competirá com Daniel Gonçalves também na Super Production. Completar essa prova entre os dez já estaria bom demais, admite Oberdan.
Frio na barriga – O fato de não sonhar com o título não diminui a expectativa da legião de aventureiros do Sertões. A ansiedade está quase matando. Nos últimos dois dias, todo mundo aqui anda com um frio na barriga imenso, revela Oberdan, já em Goiânia, onde acontece o prólogo amanhã.
Este texto foi escrito por: Jorge Nicola