Adriana (esq) e Érika comemoram a participação das mulheres na bike. (foto: Luciana de Oliveira)
A marca de 36 mulheres competindo na primeira etapa da Copa Ametur PowerBar 2002, histórica para o mountain bike brasileiro, foi motivo de festa para Adriana Nascimento e Érika Gramiscelli. São dois dos principais nomes da história feminina do esporte no país e comemoram o crescimento da categoria juntamente com a ótima fase que as duas vivem.
“A mulherada está firme e forte”, destaca a mineira Érika, que acaba de integrar a primeira equipe unicamente feminina do Brasil, com o nome de PowerBar. “Acredito que vá gerar muita atenção da mídia e também teremos mais disputas entre a gente e com as demais atletas”.
A biker confessa que até então não sabia se continuaria competindo neste ano. Isto porque não tinha patrocínio. “Foi assim inclusive na primeira etapa do Brasileiro”, lembra. A situação em nada combinava com o resultado que ela obteve ao fim do ano passado: foi a primeira a vencer o MTB 12 Horas na categoria Solo feminina.
Fim da incerteza – No Brasileiro, mesmo ainda incerta de como seria sua temporada, Érika ficou em quarto. Já ontem, na Ametur, terminou em segundo. A primeira colocação, mais uma vez, foi de Adriana Nascimento, seis vezes campeã brasileira. “Ela é um ponto de referência para mim. Além de tudo é uma mulher de muita raça, eu admiro muito isso”, elogia.
Adriana, por sua vez, reforça que não há rivais no Feminino, a união da categoria é um ponto forte na opinião da atleta que neste ano corre pela equipe Cannondale. Entusiasmada, a biker avisa que neste ano vai se dedicar integralmente ao mountain bike.
Dia de repórter – “Gosto muito de participar das corridas de aventura, mas tem sido difícil conciliar por causa da coincidência de datas e do grande desgate físico das corridas”, justifica, em resposta a uma pergunta que Érika fez em seu “dia de repórter” para o Webventure.
Adriana também respondeu sobre a nova experiência de dar aulas de educação física para crianças de quarta série em uma escola de Campos do Jordão (SP), onde mora. “Quero fazer um trabalho diferente, integrá-los com a natureza. Mas é uma turminha levada.”
Na sua vez de ser a repórter, Adriana questionou Érika sobre a participação em provas internacionais. No ano passado, a atleta conseguiu patrocínio para participar da categoria Júnior no Mundial de Vail, nos Estados Unidos. “Foi uma experiência maravilhosa, mas neste ano eu vou me concentrar no Brasileiro. Ainda estou à procura de um técnico”, diz a mineira. Mas ela não abandona a idéia. “Quem sabe no ano que vem eu esteja com uma boa estrutura para correr na Elite do Mundial.”
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira
Last modified: abril 15, 2002