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Líderes já venceram “a parte mais difícil”


Meriadianoraid.com AXN segue firme na liderança na tarde de hoje. (foto: Wladimir Togumi)

Direto do Capão (BA) – A equipe líder do Ecomotion Pró, Meridianoraid.com AXN, já passou pelo que a direção técnica da prova considera a parte mais difícil dos 460 km de percurso na Chapada Diamantina. O time chegou na tarde de hoje (14h59) ao Posto de Controle 17 de um total de 25 existentes nesta corrida de aventura. O evento completou hoje três dias.

“Considero que para eles o trecho mais difícil da prova já passou, ele termina no PC 17. Daqui para frente, o trekking é mais plano”, comenta o diretor técnico do Ecomotion, Júlio Pieroni.

Até as 16h30 (Horário de Brasília), não havia notícia de que nenhuma outra equipe tenha chegado ao PC 17. Mas a diferença de tempo entre os cinco primeiros colocados até então não era grande. No PC 16, a Meridianoraid.com carimbou o passaporte às 12h55. Às 13h23, foi a vez da Hertz Mamelucos. A Mitsubishi Quasar Lontra chegou às 14h05. A AXN Argentina, às 14h38 – e um minuto depois apareceu a Oskalunga Brasil Telecom.

Velocidade e sono – “A partir do PC 17, os times vão ganhar mais velocidade devido ao terreno. Quem quiser vencer a prova terá de montar uma estratégia muito boa considerando velocidade e o sono”, opina. “Aliás, a velocidade será um ganho natural neste ponto do percurso. O que eles vão ter de administrar será mesmo o sono.”

Além do pouco descanso, o desgaste físico provocado pela combinação esforço-calor está desafiando os atletas. Experiente, Vítor Teixeira, da Quasar Lontra, chegou ao PC 12 com sinais de desitração e pouca alimentação. “Ele foi hidratado ali e recebeu orientações. Eu vi quando ele chegou ao PC seguinte, o 13: já estava inteiro de novo”, conta Márcia Forte, da equipe médica da prova.

Alerta para hidratação – Márcia diz que até agora, em termos de emergências médicas, tudo está “tranqüilo demais”. Bolhas nos pés têm sido a principal queixa dos competidores. “Mas os próprios apoios estão trabalhando bem nisso. Estamos vendo que as equipes estão auto-suficientes.”

De qualquer forma, alerta Márcia, o cuidado deverá ser redobrado daqui para frente. “Os próximos percursos também são longos, o sol será um grande inimigo. É preciso caprichar na hidratação.”

Farofa com ovo – Sem o objetivo de chegar em primeiro, diversas equipes do pelotão intermediário ou as que ficam por último não perdem oportunidades de repôr as energias. Foi o caso da Papaterra, do Rio Grande do Sul, que às 18h30, segundo o ranking oficial, ocupava a 26ª posição na classificação. “Tivemos um ótimo descanso entre os PCs 10 e 11, parando para dormir na casa do seu Eduardo, um morador local que sempre hospeda quem faz a travessia do Vale do Pati”, contou o integrante da equipe Gilvan Soares. “Dormimos quatro horas e antes de sair de lá ainda comemos uma maravilhosa farofa com ovo!”.

No PC 11, essa e as demais equipes foram recebidas por Anilton e Ajuricaba, responsáveis por carimbar os passaportes entregues pelos capitães de cada time. Eles viraram a madrugada no local, que é um ponto remoto, em meio a rochas, no Capão. “Para pegar água para fazer comida a gente caminha uns dois quilômetros”, conta Ajuricaba. Mas os dois estão “bem servidos”. O cardápio preparado de forma rústica no acampamento montado pela dupla incluía até carne assada e cuscuz.

Este texto foi escrito por: Rodrigo Rudger