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Lucas Brun conta os momentos mais difíceis da in-port


ABN Amro 2 na in-port race do Rio de Janeiro (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)

Direto do Rio de Janeiro (RJ) – Único velejador brasileiro fora do Brasil 1, o carioca Lucas Brun velejou em casa na in-port race desse sábado. Mas isso não quer dizer, necessariamente, que o ele tenha ficado totalmente a vontade na regata.

“Vínhamos em terceiro lugar, tínhamos acabado de montar a bóia de popa para contravento quando a escota do nosso balão acabou tocando a marca. Isso nos rendeu uma penalização de 360 graus, o que nos fez perder o terceiro lugar para o Ericsson. Depois demos uma cambada um pouco ruim. Tivemos uma falha na quilha, um switch estava desligado”, contou o velejador brasileiro no ABN Amro 2.

“Na próxima manobra fomos ameaçados pelo barco americano, dos Piratas, mas tomamos uma posição agressiva. Atacamos o Brasil 1 e o Piratas. No final chegamos super apertado, quase passando o barco brasileiro e conseguimos passar o americano”, comemorou Brun.

Velejar em casa – “A baía de Guanabara não muda, é sempre uma regata difícil, complicada, e um conhecimento local faz uma diferença muito grande aqui”, comentou o velejador.

“Hoje foi uma velejada típica na Baía de Guanabara. Tivemos um vento quase sul. Gradualmente vimos o vento vindo mais para a direita e com isso conseguimos conquistar o terceiro lugar. Rodamos a bóia de contravento quase que em último e optamos por fazer um jibe e aproximar mais pelo lado direito da raia, da Escola Naval, o que nos favoreceu. Já tinha falado isso para o nosso tático, ele também percebeu que seria a melhor opção e com isso conseguimos montar a bóia em terceiro, foi quando tomamos a penalização”, lembrou.

Para ele, o desenvolvimento da segunda equipe do Team ABN Amro é o maior de todas as tripulações desta edição da Volvo Ocean Race. “A postura da tripulação vem mudando, estamos cada vez mais unidos e treinando mais. Acho que todas as tripulações estão assim, mas a nossa evolução está sendo maior do que as outras”, concluiu.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa