Motos acelerando fundo nas trilhas de Itapetininga (foto: Dougras Mucci / Diário Radical)
Terminou ontem, em alto estílo, o II Rally dos Amigos, terceira e última etapa da Copa Dunas de Rally 99, aqui na cidade de Itapetininga, no distrito de Rechã. Deixando na boca de todos os presentes um gosto de quero mais.
O evento seguiu a risca sua programação, dando início as atividades por volta das oito horas da manhã, quando os veículos foram vistoriados por um comissário da CNR (Confederação Nacional de Rally) que também representou a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo). Ficou sob a responsabilidade de Décio Fantozzi, presidente da Federação Paulista de Motociclismo, a vistoria de motos e a direção de prova.
Passaram pela vistoria, 27 carros, 81 motos e 6 quadricíclos, sendo que entre as motos, confirmaram-se as presenças de 13 motos da região. A prova teve início no horário previsto (às 11 horas da manhã), sob um sol de rachar e um céu de brigadeiro, partindo da Estação Ferroviária de Rechã, com dois trechos de Teste Especial (o cronometrado) de 105 quilômetros. Ou seja, duas voltas com tomada de tempo no mesmo percurso. A pista de característica mista, foi sinalizada com bampings (e sem planilha) para as equipes de moto e quadricíclos, e roteirada (via planilha) para as equipes de carro.
O percurso cheio de surpresas, alternou momentos de alta em retas de chão batido (chamados de estradões) que permitiram velocidades estimadas em torno de 150 km horários, com curvas fechadas (de até 90 graus), mudanças de rumo, areiões e lombadas seqüenciais de tirar o fôlego. Percurso mais que perfeito, para testar habilidades de pilotagem, potência e controle emocional. “Um show de bola” com 216 incríveis quilômetros, de adrenalina e pé em baixo na bela fazenda Monte Verde. Como não poderia deixar de ser, houveram alguns acidentes sem gravidade, entre eles um capotamento do carro 127 de Ricardo e André Pedrinelli. Saldo negativo total do dia, duas fraturas de mão.
A autonomia de combustível foi a grande vilã da categoria de motos, deixando muita gente a pé no percurso. André Sawaya, piloto da moto 01, além de sair com o título de campeão da Copa Dunas, foi o mais rápido do dia. José Sérgio (o Sergião), levou o troféu da categoria Production, Andrés Marcondes levou o da categoria Marathon e Carlo Collet Jr. Venceu a Quadricíclo.
Luciano Braga e Edilson, sagraram-se campeões na geral, levando para casa o primeiro título da equipe Haas, a bordo de uma possante Chevrolet S10 importada. Wedigo Von Borries e Mark Von Borries, pisaram fundo e levaram o troféu da categoria TT1 , Benedito Giannetti ( em sua primeira e última participação em Rally no ano de 99) despejou potência no gaiola de número 240 , Maurício Sala e Edgar Fabre, lideraram a categoria Díesel e Hamilton Diniz e Ricardo, saíram de Itapetininga muito felizes com o troféu máximo da categoria Marathon para carros.
Mas o grande barato da prova que finalizou a Copa Dunas, foi o clima de confraternização que se instalou no ar. Apesar da prova competitiva que se instalou na pista. Famílias inteiras das equipes estiveram no local, e um grande número de participantes prestigiou o evento. A organização foi impecável e o andamento da prova, um show de competência profissional.
A finalização do evento, contou ainda com um festivo churrasco, para mais de 500 talheres, distribuição de sacos e mais sacos de laranja, muito suco, um show aéreo com direito a loopings e tudo mais e ainda, com a apresentação de um mágico muito bem humorado que divertiu as feras, levando a seleta platéia as gargalhadas. Redondo, bacana e azeitado.
O que se espera depois disso tudo, é que o “Rally dos Amigos” tenha vindo para ficar. Até porque, ninguém pode negar os resultados mais que positivos que essa Copa realizada pela Dunas Race, trouxe aos que dela participaram.
Clique aqui para ver o resultado geral do II Rally dos Amigos.
Clique aqui para ver o resultado final da Copas Dunas de Rally 1999.
Este texto foi escrito por: Alexandre Barroso
Last modified: dezembro 19, 1999