O mal da montanha, também conhecido como doença da altitude ou soroche, é um mal-estar que acontece em pessoas que se aventuram nas altitudes acima de 2.000 metros. Esta condição é causada pela diminuição do oxigênio e da pressão do ar, que pode provocar alterações no corpo, especialmente para o sistema respiratório e sistema nervoso central.
“Geralmente, a partir de 2.500 metros, as pessoas sentem tontura, náusea, fraqueza, cansaço rápido, dores de barriga, diarreia e vômito. Acima de 3.000 metros outras condições podem aparecer, entre as mais graves está o edema pulmonar de altitude, quando o líquido do corpo extravasa dentro dos alvéolos dos pulmões e dificulta a respiração. A pessoa ‘se afoga’ no próprio líquido. Essa condição é gravíssima e pode levar à morte”, explica Mateus Saito, ortopedista do Instituto Vita.
Deve-se ficar atento também ao edema cerebral relacionado à altitude que, geralmente, se manifesta através de dores de cabeça, perda da coordenação dos membros e, em casos graves, coma e morte. “A condição clínica de treinamento ajuda, mas não impede que o ‘mal da montanha’ aconteça, podendo acometer pessoas bem ou mal condicionadas”, completa.
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Nos casos menos graves os sintomas desaparecem poucos dias após a subida. É de extrema importância cuidar da hidratação, que deve ser intensa, já que durante a subida ocorre perda de líquidos ocasionada pela sudorese. “Faz parte do tratamento o repouso total e hidratação. No caso de não apresentar melhoras, é indicado o retorno aos níveis do mar. Sem dúvida nenhuma pela indisponibilidade de oxigênio todos a atividades desportivas e atléticas são lentamente afetadas, causando uma enorme baixa na performance”, explica o diretor técnico da rede de academias Bodytech, Eduardo Netto.
Desse modo recomenda-se que a partir de 2.000 metros de altitude, a subida seja feita gradativamente. “A melhor maneira de prevenção é realizar a subida em pequenas altitudes, geralmente de 300 a 500 metros por dia. Dessa forma, o corpo consegue se adaptar melhor as mudanças provocadas pelo ar rarefeito”, conta Netto. Uma hidratação adequada e o uso de alguns medicamentos como a acetazolamida e os corticoides também são medidas preventivas essenciais, desde que haja um acompanhamento médico.