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Mamelucos é vice-campeã

EXCLUSIVO, direto de Lençóis (BA)A Hertz Mamelucos foi a segunda equipe a completar o Ecomotion Pró. Eles chegaram ao centro de Lençóis, ponto final dos 460 km de prova, por volta das 16h15 (horário local; na Bahia não há horário de verão) desta quinta-feira. O time é formado pelo capitão José Caputo, sua esposa Cristina Carvalho, e Sérgio Zolino, todos triatletas, além do navegador Luís Antonio Teixeira. “A gente começou na frente, tivemos um erro de navegação, mas é coisa que aconteceria com todo mundo. As outras pessoas, quando perdem posições, acham que estão fora da prova. Eu nunca me sinto fora de jogo nenhum”, resumiu Cris. A Meridianoraid.com AXN, combinado Espanha-Argentina, venceu a corrida na tarde de hoje.

Confira na íntegra os depoimentos que a Mamelucos concedeu à reportagem do Webventure.

José Caputo, capitão – “Tive um problema gástrico e assumo que na metade final da prova fui praticamente carregado pelos companheiros. Nada que a dinâmica de grupo não resolvesse. A equipe trabalhou direitinho. O trekking foi a parte mais difícil…”

Cristina Carvalho “O Said (Aiach Neto, organizador da prova) comentou com a gente que a Espanha estava na nossa frente porque ficava apenas 15 minutos nos ATs (Área de Transição de uma modalidade para outra), enquanto a gente ficava 1h30, 1h40. Quando ouvimos isso ficamos um olhando pra cara do outro, sem falar nada… Recuperamos muitas posições nos últimos dias, acho que abrimos vantagem na trilha da cachoeira da Fumaça. Na verdade, até agora eu não sei direito… A gente começou na frente, tivemos um erro de navegação, mas é coisa que aconteceria com todo mundo. As outras pessoas, quando perdem posições, acham que estão fora da prova. Eu nunca me sinto fora de jogo nenhum.”

Sérgio Zolino “A pior parte foi a trilha da cachoeira da Fumaça, fazia uns 35 a 40 graus, era uma subida bem íngreme, chegava a ter 700 metros de desnível. E isso foi ontem, quanto mais os dias passam, mais duro fica. O sono vai acumulando por você ficar três, quatro, cinco noites sem dormir direito… Por isso é que a nossa estratégia foi dormir desde o começo, desde o primeiro dia, 45 minutos em média. A gente tentava fazer a trilha sempre trotando na descida, correndo no plano e o resto a gente andava. E um sempre motivando o outro.”

Luiz Antonio Teixeira, navegador “Acho que deveriam mudar a escala dos mapas de prova de 1 para 100 mil, que foi a usada aqui, para 1 para 50 mil. Tem morro de 40 metros que não aparece neste tipo de mapa e aí complica pra caramba pra quem navega pelos detalhes do terreno. Nos trekkings, tinha muita trilha de vaca, essas eram as trilhas mais demarcadas. À noite era pior ainda para navegar, só se vê sombras. Uma coisa é passar ali de dia, onde se vê todos os detalhes. Outra coisa é fazer isso à noite.”

Este texto foi escrito por: Rodrigo Rudger