Marcio fazendo sua chegada no Mundial (foto: )
O corredor brasileiro Márcio de Oliveira Batista (Memorial) foi o 7º colocado no Mundial dos 100 KM, domingo (dia 26), em Cléder, na França.
Ele completou o percurso em 6 horas 48 minutos e 21 segundos, baixando mais de seis minutos em relação à sua marca feita no Mundial de 2000, na Holanda.
O novo campeão é o japonês Yasufumi Mikami, com o tempo de 6h33m28s. O norte-americano Rich Hanna ficou em 2º lugar, chegando mais de 10 minutos depois – 6h43m39s, seguido do vencedor de 2000, o francês Pascal Fetizon – 6h44 m48s. Entre as mulheres, a russa Elvira Kopakova foi a melhor – 7h31m12s.
A colocação de Márcio Oliveira (foto de sua chegada no Mundial), foi considerada excelente, uma vez que por muito pouco ele não abandonou as corridas este ano. “Eu pensei em largar tudo, porque não tinha patrocínio. Graças a Deus, consegui o patrocínio da Memorial, para poder ficar mais tranquilo e poder pensar nos treinos, nas corridas. Agora espero melhorar cada vez mais, baixar minha marca”, disse Márcio, que chegou a estar entre os cinco melhores na prova.
Esta foi apenas a sua 5ª ultramaratona (nome dado às provas mais longas que as maratonas) na carreira. Aos 32 anos, o corredor de Santos mostra ter potencial para chegar ao título mundial.
“Tenho garra, resistência e levo a sério a minha profissão. O Pepe Altstut (proprietário da Memorial) está confiando no meu potencial e quero dar retorno”, afirmou o corredor, que além da Memorial, cemitério vertical mais alto do mundo, em Santos (incluído no Guiness Book, o livro dos recordes) e conhecido por apoiar mais de 100 atletas de diversas modalidades, tem o patrocínio da Vit Shop (Irmãos Carduz) e HeliBeach Táxi Aéreo.
Ainda no Mundial, o ultramaratonista de Cubatão, Adilson Dama (Memorial/ Carbocloro/ Prefeitura de Cubatão), considerado um dos grandes favoritos ao título, não passou bem na 2ª metade da prova, completando o trajeto em 7h15m46s.
“Embora tudo estivesse indo bem na 1ª volta, comecei a me sentir mal no KM 75, em virtude de uma fraqueza. Talvez devido à alimentação dos dias anteriores. O pessoal falava que era comida de cabra, pois serviram muita salada e pouco carboidrato”, lamentou Dama (foto dir), que em 99, também na França, foi o 8º colocado, com 6h37m38s.
“Como o Márcio comia de tudo e mais um pouco, felizmente ele conseguiu uma boa colocação para o Brasil”, brincou Dama, que só lamentou o fato de o Brasil não ter três representantes na disputa para brigar pelo título mundial por equipes.
Um dos grandes cotados era o bicampeão mundial em 1991 e 95, Valmir Nunes, também da equipe Memorial, que está voltando à sua melhor forma.
“Uma pensa sermos somente dois no Mundial, pois se o Valmir tivesse vindo, poderíamos ficar entre os dois primeiros países. Em termos de equipe Memorial, temos muito a conquistar. Só falta estarmos juntos na mesma prova, pois os concorrentes ficam sempre “temendo” essa performance”, completou Dama.
Este texto foi escrito por: Fabio Maradei
Last modified: agosto 29, 2001