Placa no Marco Zero do Equador (foto: Bruna Didario/ www.webventure.com.br)
Um relógio do sol e um gigante bloco de concreto, com cerca de 20 metros de altura, que simboliza a divisão dos hemisfério da Terra, formam monumento Marco Zero do Equador. A cerca de 5 quilômetros do centro, a linha imaginária do Equador atravessa Macapá, a única capital brasileira a ser cortada pelo referencial, e a atração é um dos pontos turístico mais visitados da capital amapaense, que possui a latitude 00° 02′ 18.84″ N.
Logo na chegada ao monumento, ainda no estacionamento, é possível encontrar as duas placas, indicando os lados dos hemisférios. Olhando de frente para o Marco Zero, à esquerda, fica o hemisfério Sul, enquanto à direita, o norte. Além das placas, outro atrativo do local é o estádio de futebol, conhecido como Zerão, que também está alinhado com a torre de concreto, exatamente na linha que corta os dois lados do campo.
O local, que hoje é um complexo, conta também com o Sambódromo do Amapá, o terceiro maior do Brasil perdendo apenas para a Sapucaí (RJ) e Anhembi (SP) e pelo Panela Amapá, uma rota de gastronomia da região.
Fenômeno – No dia 23 de setembro, às 18h18, aconteceu o Equinócio de Primavera. O fenômeno acontece também no dia 21 de março, mas celebra a chegada do Outono. Exatamente nestas duas datas, o dia e a noite possui exatamente 12 horas cada. Isso acontece, pois a luz solar incide igualmente para os dois hemisférios, onde cruza a linha do Equador.
Na terça-feira, aproximadamente às 12h30, o sol incidiu os raios na circunferência do Marco Zero, iluminando o relógio de sol e também um degrau, que separa o hemisfério sul do norte em cima do Complexo. O astrônomo, presente durante a cerimônia de chegada do Equinócio, explicou que em um dado momento no dia do fenômeno, não existe sombra. A gente acaba pisando nos nossos próprios passos. Se eu colocar um tijolo no horário correto, ele não vai apresentar nenhuma sombra; como se fosse meio-dia mesmo, mas normalmente ainda vemos um resquício de sombra nesse horário, com o sol a pino.
O público se reuniu para assistir ao fenômeno que é natural e celebrar a chegada da Primavera, na maior parte do território nacional. Junto com a queima de fogos, os turistas e amapaenses puderam conferir uma apresentação da dança típica da região, o marabaixo.
Uma das curiosidades também que se pode observar é o sentido que a água gira, seja em uma pia ou ao dar descarga (no sentido anti-horário no Hemisfério Norte e no sentido horário no Hemisfério Sul.) Isso acontece por causa da Força de Coriolis, que afirma que um fluido em uma superfície de rotação descreve uma aceleração perpendicular ao movimento da superfície.
* A reportagem do Webventure viajou a convite do Sebrae – Amapá.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario
Last modified: setembro 28, 2009