Foto: Pixabay

Mariana Balbi: única no Brasileiro de motocross

Redação Webventure/ Offroad, Outros

Para Mariana Balbi  ingressar no motocross foi natural  é de família. (foto: André Chaco)
Para Mariana Balbi ingressar no motocross foi natural é de família. (foto: André Chaco)

Na estréia da Semana da Mulher no Webventure, conheça a mineira Mariana Balbi. Apaixonada por moto, ela é a única mulher participando do Brasileiro de motocross.

Cada vez que é aberto o gate para a largada da categoria Open no Brasileiro de motocross 2002, cerca de 40 pilotos, muitos com mais de 35 anos, saem para acelerar pelo circuito. Só um deles é mulher: Mariana Balbi, com apenas 16 anos. O “apenas” não faz tanto sentido quando o assunto é motocross. Afinal, como os colegas, ela começou cedo e já tem sete anos no esporte. “Meu sonho é ser piloto profissional”, adianta.

Mariana conta com naturalidade por que optou pelo motocross ao invés de qualquer outra modalidade menos dominada pelos homens: “Já vem de família. Meu pai corria. Quando meu irmão começou a andar, eu também me apaixonei pelo esporte”, diz, com o tradicional sotaque mineiro.

Professores ela tem de sobra. Além da experiência do pai, a piloto divide a rotina de atleta na equipe Honda com o irmão Antonio Jorge Balbi Jr, que já coleciona resultados de sucesso, como o título brasileiro nas 125cc. À receita, ela acrescenta o charme feminino. “Em meio a equipamentos e roupas que usamos nas corridas, tem sempre espaço para um batonzinho. Tem que ter”, brinca.

Bom resultado – Na Open, foi aberta uma exceção para Mariana: mesmo tendo 16 anos, ela pode pilotar uma moto de 125cc. “Normalmente, na categoria, eu só poderia usar essa moto se tivesse mais de 35 anos”, explica. O incentivo da Confederação Brasileira de Motociclismo à atleta já está valendo a pena. Na primeira etapa do campeonato deste ano, que marca a estréia de Mariana na Open, ela foi a décima colocada. Ou seja, deixou 30 homens para trás.

E a mineira quer mais: “meu sonho é ser piloto profissional, participando da categoria feminina que já existe nos Estados Unidos ou, de repente, criando a categoria aqui”. Para ter a sonhada classe só de mulheres, Mariana recruta companheiras. Quem quiser conhecer o esporte, precisa vê-lo de perto. O Brasileiro ainda vai ter etapas em estados do Sul, Sudeste, no Mato Grosso e na Bahia (confira o site de cobertura). Existem também os campeonatos estaduais. Os eventos têm entrada franca. Quem sabe o ronco das motos não conquiste outras pilotos Brasil afora…

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: março 4, 2002

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure