Marlon optou por fazer um grande rali por ano (foto: Douglass Fagundes/ www.webventure.com.br)
O 16º Rally dos Sertões começará no dia 18 de junho, em Goiânia (GO), e vai percorrer 4.474 quilômetros até Natal, capital do Rio Grande do Norte, passando ainda por Tocantins, Maranhão, Ceará e Piauí, com chegada marcada para o dia 27 de junho, sexta-feira.
E quem correrá o maior rali da América Latina é o experiente piloto Marlon Koerich, que este ano não terá sua irmã, Joseane Koerich ao seu lado, na navegação. Decidimos que ano passado seria o nosso último Sertões. A Jose quer mudar de lado, vai pilotar. Ia começar esse ano, na Copa Celta, mas começará em 2009, explicou Marlon sobre o fim da parceria entre os irmãos de seis anos no rali.
Mudar de navegador é complicado, ainda mais depois desse tempão. Já estava acostumado com o jeito dela falar, com o convívio. Agora eu vou ter que me acostumar a passar os dez dias com outra pessoa, que eu conheço, mas que não deixa de ser estranha, comentou ele sobre seu novo navegador, Bruno Mega.
Marlon ressaltou que uma das maiores adaptações será com relação à narração do percurso feita pelo navegador. Há outro fator que ele considera importante na parceria que tinha com sua irmã, a confiança em estar com alguém da família.
O primeiro fator para escolher o navegador é o lado profissional, e o Bruno já navegou para grandes pilotos como o Reinaldo Varela e Luis Tedesco, e isso eu já sei que ele tem de sobra. E o segundo é o lado da personalidade. Para se passar 24h por dia por dez dias do lado de uma pessoa, tem que ser alguém que pense igual a você. É necessário esse entendimento entre piloto e navegador, afirmou Marlon, que já viajou com seu novo navegador, e que de acordo com ele, tem personalidade calma como a dele.
Marlon Koerich fará o Rally dos Sertões 2008 com a primeira corrida do ano para ele. Afastado das pistas desde o fim do Campeonato Brasileiro de Velocidade de 2007, ele resolveu priorizar algumas coisas no mundo off-road, como fazer uma grande prova bem feita por ano.
Para fazer o rali de velocidade, eu precisaria treinar mais e como fiquei um tempo longe dessas provas, precisaria treinar muito levantamento. Além de pilotar bem, é necessário fazer bem o levantamento, e longe das pistas, eu desaprendi isso. Para andar de novo no ritmo forte, precisaria treinar forte e resolvi priorizar algumas coisas profissionais, dentro da minha empresa, estou trabalhando bastante. É melhor investir esse tempo em uma prova longa no ano, como o Sertões, do que várias curtas, contou Koerich.
E o afastamento de Marlon dos ralis o faz ter de treinar mais para enfrentar os milhares de quilômetros no cross-country, nas próximas semanas. Esse será o sexto ano dele com a Chevrolet, pilotando uma S10. Fiquei um tempo sem andar com a caminhonete e quando peguei o carro novamente, dei uma volta na pista e parece que o carro cai como uma luva, explicou.
A sexta etapa do Rally dos Sertões será a maior já feita pela organização, com 536 quilômetros de especial e 146 quilômetros de deslocamento, somando 682 quilômetros rodados em um só dia.
Para muitos, esse será um grande desafio para manter-se bem na disputa e com o carro sem grandes desgastes ou incidentes.
Marlon é ponderado nesse ponto, e diz que o ideal, nesta etapa, é administrar o resultado obtido em outras especiais. O nosso carro é testado há vários anos e aperfeiçoado, é um carro confiável, então para nós quanto mais difícil, melhor. Esse é o nosso lema. Em um trecho como esse eu fico mais confortável em andar, sabendo que o carro não vai quebrar, mas vou poupar o carro, sem dúvida, afirmou o piloto.
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi
Last modified: junho 13, 2008
