Depois de três semanas no Brasil, a Volvo Ocean Race está se despedindo de Itajaí neste domingo (22), mas ainda dá tempo dos visitantes conhecerem o Centro de Eventos com diversas atrações para, literalmente todos os gostos.
Na última quinta feira (19) o evento bateu recorde de visitantes, foram quase 50 mil pessoas para assistir o show do cantor Armandinho, mas segundo a organização o número total de pessoas que passaram pelo local chegará a 400 mil até amanhã.
A expo fica aberta até amanhã (22) às 18h Foto: Christina Volpe/Webventure
São cerca de 20 pavilhões com as mais diversas atrações. Conheça algumas:
Volvo Pedal Vehicles – faça um test drive com os carros da Volvo (para as crianças).
theBoatyboard – lá você vai descobrir o que é preciso para manter a frota da One Design em forma.
O barco Scallywag que chegou alguns dias depois dos outros devida a fatalidade com um dos tripulantes Foto: Christina Volpe/Webventure
Pit Lae – neste local é possível conhecer as team bases de todas as equipes. Com diversas atividades você fica por dentro das informações sobre os velejadores e muito mais.
Race Boat Experience – é neste local que o visitante tem a oportunidade de saber o que a vida a bordo realmente significa. É possível até mesmo tirar uma foto no volante do barco. Que tal?
The Boatyard Foto: Christina Volpe/Webventure
Medalhistas olímpicas
Enquanto Martine Grael participa da Volvo, no barco AzkoNobel, sua companheira de competição, a também medalhista olímpica Kahena Kunze, se prepara para as próximas etapas do treinamento olímpico, que começarão após o término da regata de Volta ao Mundo.
Kahena aproveitou o tempo em Itajaí para fazer a prova e conseguir sua carteira de arrais amador, agora ela está apta para conduzir embarcações nos limites da navegação interior. “Eu precisava muito dessa carteira e no Rio o processo demora demais, foi ótimo fazer aqui”.
Martine e Kahena falaram dos seus planos para começarem o treinamento olímpico Foto: Christina Volpe/Webventure
A atleta releva que pensa em participar de uma competição como a Volvo, mas ainda não é a hora. “Não tenho muitas experiências com barcos grandes e gostaria de fazer algumas regatas de oceano antes. Acho que o mais importante é eles terem aberto o espaço para mulheres, Martine ser a primeira brasileira a participar me enche de orgulho”.
Kahena conta que elas sempre conversam nos intervalos das pernas. “Ela me conta sempre um pouco do que está acontecendo, mas também tento mante-lá atualizada sobre o mundo, porque parece que quando se está no mar você fica sem notícias”.
As duas estão ansiosas para inciar os treinamentos focados nas Olimpíadas. “Falta incentivo para outros jovens começarem no esporte, mas com a nossa medalha isso já mudou um pouco. Treinamos na Nova Zelândia em uma das paradas da Martine, mas não é a mesma coisa. Quanto a Volvo terminar vamos reorganizar a casa para os Jogos”, diz Kahena.
Torben Grael, pai de Martine, já participou da Volvo e está acompanhando os velejadores no Brasil Foto: Christina Volpe/Webventure
“Começamos a treinar no dia seguinte da Volvo”, diz Martine. “Usamos essas semanas que fui para o Rio programando os próximos passos. Vamos voltar com tudo para os treinos, porque já temos o Mundial em julho”.
Martine lembra que passar pelo Cabo Horn, foi um dos maiores desafios e conquistas de sua vida. “Foi a realização de um sonho, cada dia até chegar lá foi especial. Nessa próxima etapa acredito que a competição em si vai aumentar. As condições serão as mais variadas possíveis, mas tudo tem sido incrível, inclusive essa parada, onde tive tempo para falar um pouco de português e ver rostos conhecidos”.
“Somos privados de vários confortos, mas algumas das coisas supérfluas que sinto falta é do arroz feijão, salada, frutas, um banho bem quente, porque no barco isso se resume ao lenço umedecido e uma cama espaçosa com um lençol branco bem esticado. Além disso, falar sobre outras coisas que não sejam o barco também é bom, ficamos mais limitados ao profissional e quando paramos é para descansar mesmo”, diz a velejadora.
Equipes
Nesta sexta (21) aconteceu a In-Port Race, um campeonato paralelo de provas que valem o desempate na Volvo Ocean Race. A equipe de Martine, a AzkoNobel ficou com a segunda colocação, ficando apenas 43 segundos do primeiro colocado. O resultado mantém os espanhóis da MAPFRE em primeiro lugar no campeonato paralelo com 44 pontos. Dongfeng Race Team tem 39 e o AzkoNobel tem 26.
MAPFRE vence a In-Port Race e continua liderando a competição paralela Foto: Christina Volpe/Webventure
Agora o próximo compromisso das equipes é a largada para Newport, Rhode Island, marcada para domingo (22), às 14h. Os sete barcos devem correr a prova de 5.600 milhas náuticas.
Last modified: abril 21, 2018
