O capitão da equipe Marumby Try On, Clodoaldo Adriano Pasquini, que venceu a etapa Antonina do Circuito Extremaventura de Corridas de Aventura, fala neste Minha Aventura sobre a importância da conquista na prova. A equipe é composta por Clodoaldo, que é administrador de empresas; Rozane Zeni, professora de Educação Física; Silvio Cesar Castelan, bancário; Adriano José Safiano, vendedor; e Maria Paula Pasquini agente de viagens (reserva e apoio). Confira!
Vencer esta prova realmente foi muito bom pra nossa equipe por vários motivos: foi uma das provas mais bonitas que já corremos. Foi muito bem elaborada pelo organizador. Ótimas distâncias por modalidade, orientação exigente e fez prevalecer não só os que se destacam numa modalidade e sim, de quem conseguiu manter a regularidade entre velocidade, resistência, trabalho de equipe e navegação. Enfim, uma autêntica prova de aventura. Essas opiniões eu ouvi de várias equipes também.
O horário previsto de chegada também foi perfeito. O organizador errou por incríveis 6 minutos ! Após mais de oito horas e meia correndo! Chegamos às 18h24. A cidade estava cheia de gente prestigiando o evento. Não foi como em outras corridas que a gente chega no meio da madrugada ou em lugares remotos. Foi muito emocionante chegar ao trapiche e ser saudado por dezenas de pessoas. Muito bacana mesmo. Foram momentos que jamais esquecerei. Após o trapiche fomos acompanhados pelas pessoas pelos últimos 500 metros pelas ruas da cidade até o centro onde a rua principal estava fechada e o pórtico nos esperando. Foi show.
Foi muito importante também pra nós essa vitória pois conseguimos superar uma série de problemas de organização nossa que enfrentamos na corrida que havíamos disputado duas semanas antes na região de Morretes (PR) organizada pela Chauás.
Também, o resultado desta etapa, mais o 3o. lugar em Guaratuba (PR), nos colocou em primeiro no Circuito Paranaense de Corridas de Aventura. Portanto na próxima etapa as outras equipes vão entrar com tudo e a “briga” deverá ser boa !
Nós já vencemos outras corridas como a etapa Tijucas do Sul da Extremaventura no ano passado. Antes de nos desmembrarmos da equipe Paranaventura, havíamos ganho também uma corrida curta em São José dos Pinhais (PR), organizada pela Prefeitura local e ganhamos uma etapa da Extremaventura de 2003 em Balsa Nova (150 Km).
Estávamos em busca desta vitória desde que deixamos escapar a vitória no final da prova em Balsa Nova (PR) em 2004 quando liderávamos e cometemos um erro no final da competição.
Nós só conseguimos nos reunir pra treinar junto nos finais de semana, pois moramos relativamente longe uns dos outros. No entanto, todos nós fazemos nossos treinos diários. Nesses encontros procuramos fazer trechos de um dia inteiro de moutain bike ou de trekking.
Eu nado terças e quintas. Pedalo as quartas à noite em estradas de chão, geralmente acompanhado do outro integrante da equipe (Adriano) e com os amigos das outras equipes concorrentes. Todos nós corremos umas duas vezes por semana também. Cerca de 20 km/semana.
Nós participamos de várias corridas rústicas durante o ano e eu, gosto de correr algumas maratonas. Já completei seis das que participei. Nas semanas que antecedem as provas fazemos alguns treinos intensivos de canoagem e remamos, muitas vezes, à noite mesmo, já que o tempo pra todos nós é bastante restrito.
O atleta Adriano pedala de speed todas as manhãs e a Rosane pedala todos os dias também, pois utiliza a bike como meio e transporte ao trabalho. A Rosane e o Silvio têm um excelente nível na natação e dispensam treinamentos. Ela foi professora desta modalidade durante muitos anos e ele já nadou até etapas de Sulamericano pelo Brasil, com recordes nos 200 e 400 m.
Como somos amigos já há algum tempo, facilita muito a integração pois já conhecemos as limitações de cada um, bem como, os pontos fortes. Eu e a Rosane somos amigos há 15 anos através do Montanhismo, que eu pratico desde esse tempo e ela há 18 anos. Essa experiência de tantos anos nos dá sempre muita tranquilidade nos trekkings. Eu e o Silvio também participamos, eventualmente, de duathlons e de corridas de mountain bike.
Mesmo com o envolvimento constante com o esporte, ainda estamos tentando melhorar nosso nível em algumas modalidades.
A parte mais complicada da prova foi, sem dúvida, o trekking. Além da navegação que foi bastante delicada e requereu muitíssima atenção das equipes, ainda tivemos que enfrentar bastantes atoleiros, onde afundávamos até a coxa e também por ter sido uma boa distância, numa pernada só.
Foi justamente no trekking, quando conseguimos fazê-lo sem nenhum erro de navegação, aproveitamos que havíamos reassumido a liderança e aumentamos mais ainda nosso ritmo visando ganhar uma boa diferença das demais equipes de forma a garantir uma diferença de tempo em relação aos demais, para cobrir possíveis erros ou imprevistos nas modalidades seguintes.
Este texto foi escrito por: Clodoaldo Adriano Pasquini