Master se diz renovada: “a gente não quer parar por aqui”

Master na primeira etapa do Paulista no Paraibuna (foto: Débora de Cássia)

Eles vêm ganhando tudo nos últimos anos, despertando admirações e também lidando com constantes boatos de que estariam no fim. Nesta nova temporada, a Canoar Master passa por mais uma mudança de formação – dois integrantes saíram e quatro entraram -, se diz com o fôlego renovado e voltada a um objetivo maior: outra participação no Mundial. Confira a entrevista concedida ao Webventure após o time vencer a primeira etapa do Paulista 2001.

Webventure – Vocês ganharam mais uma vez, só que agora foi muito batalhado pelo equilíbrio maior no campeonato…é esta a sensação?

Maurício Borsari – Todo título é batalhado. Só que a equipe sofreu alterações e está passando por uma fase de amadurecimento, esta etapa foi o primeiro estágio desta nova fase.

Webventure – O que mudou na Master?

Borsari – Saíram o Tatu e Quim, que estavam desde o início com a gente, e entraram quatro pessoas na equipe, um pessoal mais novo e vamos juntar o que todo mundo sabe e começar a produzir um novo retorno.

Webventure – Esta etapa mostrou que as outras equipes cresceram. E a Master?

Ricardo Farani (Caco) – A equipe sempre teve uma vantagem técnica em relação às outras e não temos porque não dividir o que aprendemos lá fora com demais times brasileiros. O importante é que tem que representar o Brasil lá fora quem for o mais forte. Esse negócio de fator sorte não existe.

Webventure – Mas é possível dizer em que fase está a equipe?

Caco – Estamos numa nova fase. Queremos ir ao Mundial de novo e fazer melhor. Temos muitos passos a dar deste campeonato pra frente, passos que a gente estava meio acomodada pra dar. Mas vocês vão ver que a evolução do esporte no Brasil não vai parar de acontecer.

Webventure – No que vocês podem contribuir para esta evolução fora da questão técnica, em relação a campeonatos, por exemplo. Há quem diga que o Campeonato Paulista está regredindo…

Borsari – Quem acha que aqui dentro está regredindo não conhece o processo lá fora. A briga lá é com uma equipe que está na ponta até que ela atinge o seu auge, começa a regredir e outra ocupa aquele espaço. É o processo natural das coisas, não acho que seja negativo. Muito pelo contrário. Cabe a nós termos habilidade para prolongar ao máximo este processo que estamos passando. A gente não quer parar por aqui. A gente quer mais quatro anos, ir para o Mundial de novo.

Frederico Diez Peres – E a gente faz questão de considerar o pessoal da Fogo na Bomba nossos pupilos. É difícil não evoluir se a pessoa treina. Vamos correr atrás deste nosso sonho que é representar o país no campeonato internacional e a gente não quer ir pra fazer número.

Webventure – E quanto à possibilidade de vocês terem de disputar uma nova seletiva para o Mundial?

Caco – Se tiver que passar forte na água de novo, nós vamos passar.

Webventure – Léo, nesta estréia na Master você foi desclassificado da etapa junto com um integrante da Canoar Marvado pelo que foi interpretado como agressão mútua. De tudo o que aconteceu, mudou alguma coisa pra você como atleta?

Léo – Com certeza, temos de respeitar o regulamento, a gente fica chateada mas tem de entender. Acho que você amadurece. Mas seria melhor se nessas situações houvesse uma imagem como tira-teima, para dar um basta em qualquer dúvida. Eu também gostaria de dizer que as organizações deveriam ser um pouco mais sérias, respeitar os calendários, se disserem que vai haver uma competição, que realmente aconteça.


O Webventure realiza esta cobertura on line e oficial com patrocínio de Ford e apoio de By.