A leitura é feita pelo fotômetro da câmera (foto: Fernanda Preto)
O passo mais importante para se conseguir uma boa foto, é a leitura da luz. Não é um procedimento difícil, mas exige bastante atenção e cuidado.
A medição de luz, chamado de fotometria, é o primeiro passo a ser dado, pois assim podemos controlar a luz da situação a ser fotografada.
Uma vez feita essa leitura, é somente ajustar a combinação correta de abertura do diafragma e velocidade do obturador até que a quantidade de luz que remete ao filme seja suficiente para sensibilizá-lo. Mas é de extrema importância que este processo seja bem feito, pois é nessa hora que a maioria das fotos podem sair erradas.
Essa leitura é feita pelo fotômetro da câmera, que normalmente faz uma média de tons e indica a melhor combinação de abertura e velocidade, justamente para que a foto saia com esse tom médio.
Dificuldade – A grande dificuldade nem é a fotometria, e sim, a iluminação da cena e a cor dos motivos que, mas vezes podem enganar e levar o fotógrafo ao erro. Por isso, que quando fotografamos situações em que a luz está mais clara ou escuro, o fotômetro pode ser enganado, dando leituras incorretas que não resultam em fotos boas, ou muito claras (superexposta), ou escuras (subexpostas). Por isso o ideal é fazer a fotometria no motivo principal.
Fotometrando:
1. Depois de escolhido o assunto a fotografar e com o enquadramento já determinado, é hora de ler a luz;
2. Chegue perto do assunto, encha o quadro com ele e faça a fotometria, apertando levemente o botão de disparo;
3. Regule sua câmera com a combinação correta de abertura e velocidade, fornecida pela câmera, refaça o enquadramento e faça a foto.
Nem sempre é possível chegar perto do assunto a ser fotografado, por uma série de fatores, como, tempo, distância e equipamento, encher o quadro como assunto principal nem sempre é fácil, o que torna a leitura de luz mais arriscada. Mas sempre que possível faça isso, pois assim as chances de exposição corretas são maiores.
Para evitar exposições erradas temos alguns recursos que nos aproxima da luz ideal:
1. Cartão cinza – Apresenta um tom médio, o cinza 18%, a mesma que calculada pelo fotômetro da câmera. É difícil de ser encontrado, mas é muito útil quando se quer cores exatas, principalmente os brancos limpos e os pretos, pretos. Para usar o cartão, é só fazer o enquadramento e o foco da cena, em seguida colocar o cartão na frente da objetiva, sob a mesma luz da cena, encha o quadro com ele e faça a leitura de luz.
2. Palma da mão – Como no cartão cinza, a palma da mão também tem um tom mediano, que costuma dar resultados certos. É só colocar a palma da mão na frente da objetiva, encher o quadro e fazer a leitura, mas é necessário que a mão esteja sob a mesma luz o motivo a ser fotografado.
3. Bracketing – Significa, fazer fotos acima e abaixo do que o fotômetro indicou, para garantir que pelo menos uma foto fique boa. Ou seja, se a combinação indicada é f/16 e 1/60 seg. Mantenha o tempo de exposição (1/60 seg.) e altere a abertura do diafragma, um ou dois pontos acima e abaixo. Se for cormo pode usar apenas um ponto, e ser for filme negativo, é indicado usar dois pontos acima e dois ponto abaixo.
Fernanda Preto, colaboradora do Webventure, fotógrafa e montanhista, é formada em fotografia pela Escola Panamericana de Artes; fotografias outdoors e documentais são as formas mais emocionantes de seu olhar, produziu imagens para jornais e revistas nacionais. Entre seus trabalhos mais representativos, estão a cobertura do Elf Authentique Aventure, no Nordeste Brasileiro e das Expedições ao Monte Tronador e Cerro Catedral, Argentina. Atualmente trabalha como freelancer e é professora defotografia na escola Portfolio em Curitiba.
Este texto foi escrito por: Fernanda Preto