Assunto de todos os dias no Brasil, o “apagão” também virou mania no mundo da aventura. Na semana passada, a organização da etapa Santa Rita do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura (CBCA) inovou ao entregar aos melhores colocados um troféu feito de vela, lembrando de forma bem-humorada a questão da crise de energia elétrica pela qual passa o país. O fenômeno está agitando também as lojas de equipamentos de aventura. Esportistas e gente que nunca pisou em um local como este estão lotando o comércio em busca de acessórios de iluminação.
Lanternas e lampiões encabeçam a lista dos mais vendidos. “Não temos mais nenhum”, diz André Mascaro Peres, diretor das lojas Acampamento Base. “Tudo começou na sexta-feira passada, quando o governo anunciou oficialmente as chances de apagão. A procura foi tanta que acabaram os produtos em estoque e estamos pedindo mais ao fornecedor. Mas nem eles têm mais lampiões para enviar. E para as lanternas, foi preciso fazer um novo pedido de importação”, conta ele. “Por este lado, tem sido bom para o mercado de aventura”.
Em uma semana a loja vendeu as 30 lanternas em estoque e os 15 lampiões que, normalmente, demorariam de 2 a 3 meses para escoar das prateleiras, segundo Peres. “E as head-lamps (pequenas lanternas com elástico para prender na cabeça) também estão no fim.”
‘Obra de arte’ muito útil – Os lampiões a querosene também são os mais procurados na Half Dome, tradicional loja de aventura de São Paulo. “Servem não só para iluminar como são um objeto de decoração, porque são muito bonitos”, destaca o proprietário Justo Cordero. Atendendo a uma necessidade e outra vaidade, o objeto, que é fabricado à mão, custa entre R$ 47,00 ou até R$ 650,00, conforme o modelo.
Os modelos à pilha são sucesso na Aventura Brasil. “São lampiões com com luz fria ou lâmpada de cripton, mais práticos”, descreve o sócio-proprietário José Roberto Sabatehe. Já foram vendidas 30 unidades nesta semana “para um público de classe média-alta e meia-idade, que tem o poder aquisitivo para adquirir este tipo de objeto”.
“E o detalhe é que teve até uma empresa que procurou o caminho comum e fez a compra numa loja tradicional de iluminação. Mas como eles aproveitaram a onda do ‘apagão’ e aumentaram muito o preço, a empresa preferiu comprar na loja de aventura, já que nós mantivemos o mesmo valor de sempre”, explica Sabatehe.
A polêmica é tanta que o Webventure está perguntando sobre o apagão na enquete desta semana. “Qual destes equipamentos de aventura pretende usar para não ficar no escuro?” – dê a sua opinião na nossa página inicial (vote aqui!).
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Este texto foi escrito por: Webventure