Um esquenta de alto nível para a principal ultramaratona de MTB das Américas, a Brasil Ride. É isso que os melhores ciclistas de mountain bike do Brasil encontrarão nos dias seis e sete de agosto no Warm Up Santa Catarina. Inédita em sete anos de história da Brasil Ride, a prova terá abertura no sábado (6) em Florianópolis, no Resort Costão do Santinho (patrocinador principal do evento), para a categoria pro, que compete outra vez no domingo (7), em São Pedro de Alcântara, junto com os atletas da sport. Nomes de destaque do ciclismo, como Ricardo Pscheidt, Lukas Kaufmann, Hugo Prado Neto, Viviane Favery e Ana Luisa Panini, já estão confirmados na disputa.
Se para os inscritos na sport o desafio será menos complicado, com 60 quilômetros e altimetria acumulada de 2.098 metros, os ciclistas da pró terão pela frente 124 quilômetros, 16 no sábado e 108 no domingo, dia com uma ascensão histórica de 3.719 metros. Participante habitual da ultramaratona na Bahia e do Festival Brasil Ride Botucatu, vencido por ele em 2014, o catarinense Ricardo Pscheidt avalia o percurso e convoca os ciclistas de todo o País para participarem do Warm UP Santa Catarina.
“A Brasil Ride, com suas diversas disputas durante a temporada, transformou-se em um ícone quando se fala em provas duras, com distâncias e altimetrias desafiadoras. Creio que, até o momento, essa será a etapa de maior ascensão acumulada de todos os tempos, o que com certeza fará o Warm Up Santa Catarina entrar para a história”, destaca Pscheidt. “Aproveito para convidar todos os praticantes do esporte que sempre tiveram vontade de largar na Brasil Ride para virem à etapa catarinense. Não será o mesmo terreno e clima da Bahia, mas o desafio e a satisfação de superar-se são garantidos para quem participar do evento”, completa.
Se Pscheidt terá vantagem de estar pedalando em casa, o mineiro Hugo Prado Neto, duas vezes campeão do Festival (2013 e 2015), tem na região metropolitana de Belo Horizonte um ótimo cenário para seus treinos. “Temos uma diversidade enorme de terrenos e muitas montanhas com diferentes níveis de dificuldade onde moro, em Nova Lima. Meus treinos têm sido visando a Brasil Ride, na Bahia, em outubro. Como o Warm Up será duas semanas antes do Campeonato Brasileiro de Maratona, terei uma ótima oportunidade de testar as pernas”, avalia Hugo. “Como sempre, competirei com o intuito de ser o campeão. Pela quilometragem e altimetria, utilizarei toda minha experiência, com uma estratégia correta e muita força mental, para fazer a diferença a meu favor”, complementa.
Disputa feminina também tem alto nível
Na pro feminina a promessa também é de fortes emoções. Enquanto Ana Luisa Panini tem a seu favor o fato de estar “jogando em casa”, a atual campeã brasileira e da Brasil Ride, Viviane Favery conta com um currículo vasto de provas nos EUA e Europa nos últimos dois anos. “A altimetria de quase 4.000 metros exigirá muito do atleta, principalmente preparo físico. Se para a maioria é um excelente treino para os sete dias da ultramaratona, em outubro, também será fundamental na minha busca pelo bicampeonato brasileiro de maratona, duas semanas depois”, destaca Vivi.
Se na Bahia o calor é um dos adversários dos atletas, em Santa Catarina o frio pode ser o fator diferencial. “Acredito que, se não fizer um frio fora do comum, com menos de cinco graus, por exemplo, será bom para todos e quem é de fora da região Sul não estará em desvantagem. O desgaste é menor e a recuperação mais fácil. A chuva também pode prejudicar, mas tive um período esse ano na Europa treinando e esse tipo de condição era comum lá. Eu me sinto preparada para as adversidades”, conta Vivi. “O Warm Up SC exigirá ainda uma super preparação, conhecimento do equipamento e saber o que levar de alimentação e hidratação. É um teste duro. Quem vai competir nessa prova pela primeira vez pode ter certeza que não será nada fácil”.
Catarinense de Indaial, Ana Luisa comemora a chegada da Brasil Ride ao seu estado. “Muito legal saber que teremos em Santa Catarina um evento deste porte. Será uma grande oportunidade para quem gosta de desafios, diferente de qualquer prova já realizada em nosso estado. O Warm Up da Brasil Ride promete ser a mais dura de todas até hoje aqui”, conta. “A maior dificuldade para os ciclistas serão as serras, principalmente da metade para o final. Tem que ser muito resistente e guardar energia para as subidas. O psicológico e saber administrar a força são fatores importantíssimos, porque chegamos muito próximo dos nossos limites em competições assim”, conclui.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: fevereiro 25, 2017