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Mesmo com o cotovelo quebrado, Dani Genovesi ainda tem chances de ser campeã mundial de ultraciclismo


A carioca Dani Genovesi (foto: Arquivo pessoal)

A ciclista Daniela Genovesi teve de mudar de estratégia em sua busca pelo primeiro título brasileiro no circuito mundial de ultramaratona de ciclismo ( clique aqui para saber mais sobre a disputa da UltraMarathon Cycling Association).

Após algumas vitórias este ano até agosto ela abocanhou duas provas 24 horas, uma nos Estados Unidos e outra na Itália; ficou em segundo na suíça RadMarathon; e em terceiro na Race Across Oregon, nos EUA (a Race Around The Europe, na Polônia, foi cancelada , a carioca de 43 anos teve de diminuir o ritmo por causa da saúde. “Enfrentei uma anemia e tive de reduzir provas e treinos longos”.

Outro problema foi um cotovelo quebrado em três lugares depois de uma queda em uma trilha, no último dia 10 de setembro, que lhe impediu de correr a Adirondack (EUA) no dia 16. “Estou usando tipoia até 13 de outubro, com chances de precisar operar”, contou ao Webventure. “Estou em uma fase de bruxa solta!” Por causa do acidente, Dani teve de inserir outra prova no lugar, a 12-Hours World Championship, nos Estados Unidos, no próximo dia 5 de novembro, para rentar recuperar os pontos perdidos na luta.

Ainda dá. Mesmo com o descanso forçado, Dani ainda tem grandes chances de ser campeã. Até agora, a brasileira está liderando com folga três divisões do circuito (de quatro) na categoria 25 a 49 anos: World Cup (nesta, o atleta deve competir em dois continentes diferentes em provas de 12, 24, 48 horas e competições de vários dias); 24-Hour Challenge (provas de 24 horas); e Ultracycling Cup (igual à World Cup, mas sem precisar correr fora dos Estados Unidos). Na divisão 12-Hour Challenge ela não compete.

Já na categoria geral feminina, a batalha está mais dura. Na divisão Ultracycling, duas atletas estão na briga: Ann Goldbery e Senna Hoogan, com a segunda tendo as chances de alcançar os 180 pontos de Dani, pois ainda fará algumas provas longas, de 800 quilômetros.

Na World Cup, apenas Ann Goldbery ameaça a brasileira, que soma 150 pontos contra 105 da adversária. “E na 24-Hour Challenge, muitas atletas me ameaçam”, explica. “Enfim, vou ter de sair de cena e acompanhar as meninas nas próximas provas. No dia 5 de novembro volto para tentar pontuar nas três divisões e voltar, caso tenha descido, para o topo do ranking!”, diz, otimista.

Este texto foi escrito por: Luciana Ricciardi