Mike Sanderson comemora a chegada em Nova Iorque (foto: Divulgação/ VOR)
O comandante Mike Sanderson, líder da Volvo Ocean Race e vencedor da sexta perna da regata, fala sobre o caminho de Anápolis até Nova Iorque, nos Estados Unidos
Teria sido muito perigoso escrever algo até agora, pois desde que deixamos a Baía de Chesapeake tem sido tudo ou nada.
Logo que deixamos a baía o vento aumentou para 25 nós, em meia hora foi o momento de mudar a direção e subir pela costa procurando pela ‘Big Apple’. Foi uma noite cheia de solavancos. Num determinado momento tivemos continuamente ventos de 40 nós e descemos três reefs e um jib 4. Algumas vezes até isto era demais.
Dirigir o barco foi um pesadelo. Tinha uma camada fina de gelo que batia na nossa cara como se fossem pedrinhas bem afiadas e o barco balançava como roupas dentro de uma máquina de lavar. As ondas cresciam e cresciam. Isto não pode durar para sempre apesar de, por sorte, desta vez termos conseguido sair sãos e salvos. Mas você fica com a impressão de que é só uma questão de tempo ate que aconteça algo nestes grand pix de barcos. Você esta sempre nesta briga com o vento para ver quem vai sobreviver mais tempo.
Desculpe, esta é uma nota curta. Eu ainda não dormi nesta perna. Seria o máximo ganhar a pontuação máxima nesta etapa rápida ate Nova Iorque. De alguma forma esta vitória nos faria sentir melhor depois de termos chegada sexto, entre sete barcos, na regata in port de Baltimore.
Ate breve
Mike
Este texto foi escrito por: Mike Sanderson, comandante do ABN Amro 1