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Miltinho se decepciona com o Jalapão

O Jalapão é maior deserto do país. No Rally dos Sertões, ele é sempre o palco das mais difíceis etapas. No entanto, uma pessoa se decepcionou com a etapa mais esperada da prova. “Esperava mais dificuldade no Jalapão. Mas a planilha ajudou, não deu nenhum erro, estava certinha”, disse Milton Pereira, o Miltinho, navegador de Édio Füchter, líder da prova. Essa foi a primeira vez que ele entrava no Jalapão. Em 1998, ele quebrou antes da especial que chegava ao deserto.

Mas a decepção de Miltinho não se estendeu a São Félix do Jalapão. Segundo o navegador, a cidade foi a que melhor acolheu a comitiva do rali até aqui. “A prefeitura se empenhou muito para nos receber por lá. Mobilizou toda a população. Proporcionalmente, foi a melhor recepção do rali. Eles conseguiram receber metade da população local. O prefeito colocou uma lona de circo em um local na cidade, serviram almoço, café da manhã nos dois dias”, elogiou.

Outros pilotos, ao contrário, ainda se encantam com o Jalapão. “O Jalapão foi o mesmo Jalapão de sempre: duro, cansativo, muita areia e pouca estrutura”, analisou Guilherme Spinelli, segundo colocado entre os Carros. Quem também gostou do deserto do Tocantins foi o navegador do carro 253, Edgar Nunes. “O Jalapão foi difícil, mas era o terreno ideal para nosso carro, o Troller”, lembrou.

Muriçocas, o desafio Apesar de seu companheiro de equipe ter elogiado o Jalapão, o piloto do carro 253, Carlos Henrique Queiroz, não vai levar boas lembranças de lá. Os mosquitos não o deixaram em paz durante as duas noites que ele dormiu em São Félix. “As muriçocas estavam pegando forte. Dormimos com barracas, sacos de dormir e mesmo assim elas pegaram. Era uma atrás da outra. Nem as barracas deixavam elas de fora. Sorte que saímos de lá. Graças a Deus. Minha perna está cheia de mordidas”, reclamou Carlos Henrique.

Este texto foi escrito por: Bruno Doro