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Mingione fala sobre a conquista do título


Da esq para dir: Mingione comemora o título com os colegas Juca Bala e Luizão Azevedo. Esses foram os brasileiros que completaram o Dakar em moto. (foto: Ricardo Ribeiro)

Dakar (Senegal) O piloto Luiz Mingione, campeão do Dakar 2002 na categoria Super Production até 250 cilindradas, emocionou-se ao subir ao pódio de chegada, montado na praia do Lago Rosa, na capital senegalesa, onde neste domingo (13/01) foi disputada a última etapa, com 31 quilômetros. A competição terminou em Dakar depois de quase 10.000 quilômetros entre a França, Espanha, Marrocos, Mauritânia e Senegal.

“Nessa hora eu pensei muito nos meus amigos que me incentivaram durante os treinamentos no Brasil em 2001 e também naqueles que não acreditavam que eu poderia completar o Paris-Dakar com uma moto de 250 cilindradas. Nem vou falar mais porque eu vou chorar de emoção…”, disse Mingione enquanto posava para os fotógrafos e cinegrafistas com a bandeira do Brasil nas mãos.

Motivos – A vitória dele tem gostinho especial por três fatores principais. Primeiro porque ele entrou para o seleto grupo de apenas 5% dos estreantes que conseguem terminar o rali. Também porque entre todas as outras motos inscritas com 250 cilindradas, ou menos, o brasileiro foi o único que resistiu às armadilhas do deserto do Saara. E não foi só. Na largada do Paris-Dakar, dia 28 de dezembro em Arras, na França, 167 motocicletas estavam inscritas, mas apenas 52 finalizaram a competição. Na classificação geral, Mingione ficou em 44º lugar.

“Participar do Paris-Dakar foi uma experiência de vida. Em 17 dias vivi situações de medo, de apreensão, de alegria e de muita emoção. A conquista do título foi o resultado da experiência, da estrutura da Equipe BR Lubrax e do excelente desempenho da Honda Tornado Rally 250, que não apresentou nenhum problema. Apenas troquei o óleo, filtro de ar e pneus”, contou.

Mais Brasil – Ainda nas Motos, Juca Bala (BR Lubrax) terminou o rali como 25º colocado, o melhor resultado do país na geral em duas rodas. Não conseguiu repetir o título na categoria Super Production até 400cc. Luizão Azevedo, da CDI Competições, foi o 47º na geral também estreando no Dakar como competidor.

Nos Carros, Klever Kolberg alcançou a histórica posição de oitavo na geral. E, nos Caminhões, Azevedo foi o décimo na geral, tendo vencido as duas últimas especiais desta edição. Só dois pilotos do Brasil, ambos de moto, não conseguiram concluir a prova: Marcelo Quelho (CDI) e Armando Pires (Drakkar Normand).

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Com informações de Ricardo Ribeiro, direto de Dakar (Senegal).

Este texto foi escrito por: Webventure