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Minha aventura: Pedalando pelo nordeste

Redação Webventure/ Biking

Visual da Serra de Tacaratú  PE (foto: Arquivo pessoal)
Visual da Serra de Tacaratú PE (foto: Arquivo pessoal)

Tudo começou em 1996, com a primeira viagem até a cidade de Custódia (PE). Meu nome é João Juvêncio de Almeida, tenho 41 anos e moro em Sertânia (PE). Nessa primeira viagem rodei 110 quilômetros e, a partir daí, não parei mais.

Comecei a aumentar as distâncias entre as cidades próximas a Sertânia: Arcoverde, Pesqueira, Afogados da Ingazeira e assim foi… Resolvi então planejar viagens para fora do estado de Pernambuco. Hoje já percorri os estados da Paraíba, Alagoas, Ceará e Bahia.

Viagem a Aracajú, SE – Nessa viagem fui com um grupo de amigos de Pesqueira: Pedro e os irmãos Duda e Lupércio. No primeiro dia, pedalei 110 quilômetros até Pesqueira, onde encontrei com o pessoal. No segundo dia, saímos 6h com destino a Bom Conselho (PE), passando por Alagoinha, Venturosa, Serra do Tara, Caetés, Garanhuns. 150 quilômetros depois chegamos em Bom Conselho, por volta das 17h.

Terceiro dia: saímos cedinho com destino a Própria (SE), Serra da Pinha, Palmeira dos Índios e Arapiraca. Quando chegamos na BR101 o acostamento estava em péssimo estado de conservação e não foi nada agradável disputar o asfalto com caminhões. Para completar o dia, Lupércio teve um esgotamento físico que atrasou nossa viagem em algumas horas. Chegamos no hotel em Própria, 160 quilômetros depois. Já era por volta das 21h.

Quarto dia: saímos tarde de Própria pois Lupércio ainda não havia se recuperado bem. Mesmo assim conseguimos chegar a Aracajú, 98 quilômetros depois, por volta das 16h30. Ficamos hospedados na casa de minha prima Dilza. Depois de acomodados, fomos conhecer a cidade, que é muito bonita. Tivemos o apoio da Prefeitura Municipal de Sertânia, Construcasas Central, Grupo Cordeiro e Caldas, Vereador Guga Lins e A Lojinha Sport’s.

Nessa viagem o meu companheiro foi o cicloturista Nilberly Rodrigues, um amigo de Sertânia. No primeiro dia saímos 5h15 da manhã com destino a São João do Cariri (PB). Chegamos na cidade por volta das 16h30, 124 quilômetros depois.

Segundo dia: o destino foi Campina Grande (PB). Esse dia é o que chamamos de “um dia de pedalada anormal”. No percurso haviam muitas subidas e o vento contra chegou até a quebrar a corrente da bike. Foram 90 quilômetros de muita força. Por volta do meio-dia chegamos e passamos a tarde conhecendo a cidade, que mais parece a capital (por ser mais agitada do que João Pessoa).

Terceiro dia: saindo de Campina Grande, pegamos a duplicação da BR230. Que maravilha… um belo acostamento onde pedalamos tranqüilos. Só que a alegria acabou quando chegamos em Cajá (PB). A duplicação acabou e, com ela, os nossos problemas começaram: o acostamento sumiu e a velha história de disputar pista com caminhão. A maioria dos caminhoneiros respeitam, mas tem as exceções.

As exceções – Um dos caminhões jogou a gente para fora da pista, furando os pneus das nossas bikes e quebrando o câmbio dianteiro da minha bike. Chegamos em João Pessoa por volta das 18h, 145 quilômetros depois.

Tiramos o domingo para conhecer a cidade com o nosso amigo Leonardo Medeiros, nosso conterrâneo que mora lá há vários anos. Voltamos na segunda-feira e, na quarta-feira, já estávamos em Sertânia. Tivemos o apoio da Prefeitura Municipal de Sertânia, Sertânia FM, Vereadores Guga Lins e Washington Passos, Banco do Brasil, Mercadinho Nossa Senhora de Lourdes, Medicina Laboratorial, Cia dos Pães, A Lojinha Sport’s, Posto Novo Horizonte e Capril Jericó.

Essa foi a mais recente: outubro de 2005. Meu companheiro nessa nova aventura foi Adriano (Vandame). Partimos no dia 6 de outubro, as 5h40 da manhã, com destino a Inajá (PE). Foram 145 quilômetros debaixo de um sol de raxar coco. Chegamos na cidade por volta das 17h, onde pernoitamos.

Segundo dia: saímos 6h com destino a Paulo Afonso. Meu companheiro começou a desidratar. Tudo o que comia, vomitava. Comecei a ficar preocupado pois, além do sol forte, aquela região entre Cabaceiras e Tacaratú tem muitas serras e isso contribuiu para o desgaste.

Quando chegamos em Jatobá, última cidade de Pernambuco, conhecemos um amigo que nos ofereceu hospedagem. Levamos Adriano para o hospital de Itaparica, onde ficou internado por 20 horas tomando soro. No sábado a tarde ele teve alta e partimos para Paulo Afonso, onde chegamos por volta das 17h30.

Passamos três dias conhecendo a cidade, as Usinas, ponte metálica e revendo os parentes. A volta foi no dia 11 de outubro. Foram dois dias de muito calor e pneus furados, já que o acostamento era bom mas tinha muito algaroba com vários espinhos.

Agora já estou planejando a próxima viagem, que deve ser para o Ceará. Tivemos o apoio da A Lojinha Sport’s, Atacadão Nordeste, Voador, Placsport, Vereadores Guga Lins, Washington Passos e Zuza do Padre, Deputado Federal Gonzaga Patriota, CDL Sertânia, Stelita Magazine, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e banco do Nordeste do Brasil.

Este texto foi escrito por: João Juvêncio de Almeida

Last modified: setembro 28, 2006

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