Foto: Pixabay

Minha estréia na canoa havaiana

Redação Webventure/ Canoagem

Deixando a ilha (foto: Marcia Diniz)
Deixando a ilha (foto: Marcia Diniz)

O dia 02 de dezembro nunca mais vai ser o mesmo na minha vida. Nesse dia eu simplesmente resolvi aceitar o desafio de experimentar a tão falada canoa havaiana. Nunca fui uma pessoa de aceitar esse tipo de desafio, portanto para mim isto já foi muito importante. Eu estava no escritório do Webventure em uma sexta-feira à tarde quando a nossa diretora de Marketing, Vivian Cukier, lançou o tão esperado desafio: a Rios e Montanhas convidou duas pessoas para realizar um passeio de canoa havaianas. Todos tinham compromissos no dia, menos eu, mas confesso que realmente o que me chamou atenção foi o nome do local onde seria realizado o passeio: “Barra do Sahy”.

Liguei urgente para a minha irmã e torci para ela topar esta aventura comigo. Queria muito conhecer Barra do Sahy.Não sei exatamente o porquê, mas que a minha curiosidade foi grande, foi.

Depois de muita negociação, eis que minha irmã aceitou o convite e eu prontamente me dispus ao desafio. Contatos realizados e tudo marcado para o dia 02 de dezembro, um domingo ensolarado, às 11:30h da manhã.

Chegamos com um pouco de atraso em Barra do Sahy, mas o visual daquela cidade faz qualquer um perder a noção do tempo. Uma cidadezinha aconchegante, com uma atmosfera bucólica e com um mar totalmente azul, como eu nunca havia visto na vida.

Chegamos na praia e fomos apresentados para as outras pessoas que foram convidadas pela Rios e Montanhas para participar do passeio. Pessoas de todos os ramos de atividade estavam lá: rafteiros como Juneca, montanhistas como Thomaz Brandolin, nadadores como a Cristina, uma graça de pessoa, entre outros.

O medo começou a tomar conta de mim. Eu não sabia realmente o que me esperava pela frente. Após algum tempo chegaram as canoas pela foz do rio que cruza a praia, e eu vi exatamente o que era uma canoa havaiana e todas as possibilidades de queda que me aguardavam. Minha maior preocupação era saber se eu iria caber na canoa, pois ela só tem 90 cm de largura.

Começamos a distribuir os grupos, os remos e a colocar os salva-vidas. A canoa é um objeto fascinante. Tem 14 metros de comprimento por 90 cm de largura, é muito grande e causa espanto e curiosidade nas pessoas que estão por perto.

Após um período de explicação de como deveríamos fazer a remada e como seria o passeio, prestei bastante atenção na parte que falava de quando a canoa virasse. Estávamos prontos para colocar a canoa no mar e ir em direção às ilhas que estavam aproximadamente há 2 km da praia.

Homens ao mar – A saída é muito diferente. Você segura o banco que existe dentro da canoa e vai empurrando-a até o mar. Quando você está com a água mais ou menos no joelho, você pula dentro dela e começa a remar. O primeiro a entrar na canoa escolhe o lado que vai começar a remar e, a partir daí, remamos alternadamente, um na esquerda e o outro na direita. As remadas são contadas por uma das pessoas da canoa e ela mesma estipula uma quantidade de remadas que, após passar este número ela grita “HIP” e todo mundo responde “HO”. É um alerta para trocamos de lado.

Fomos então em direção à ilha. É um pouco difícil conseguir ficar na postura que eles indicam e remar sempre fazendo peso para o lado esquerdo. Quando conseguimos ficar todos no mesmo ritmo e em sincronia, o que fez com que a canoa deslizasse perfeitamente sobre as águas, o passeio ficou mais emocionante.

Após várias remadas e o resto do pessoal já estar esperando a gente na ilha há muito tempo, chegamos e me surpreendi com o meu desempenho.Eu não estava cansado, não estava com medo e muito menos não virei a canoa e não caí na água ao descer na praia.

Chegando na ilha, pausa para saber as opiniões sobre o passeio. Alguns acharam puxado demais, outros acharam que poderíamos ter ido mais além, enfim, opiniões diversas que acabaram chegando a um único consenso: o passeio foi muito legal. Fomos até umas pedras que ficam do outro lado da ilha-não se assustem, a ilha é pequena-ficamos apreciando o mar e as ondas batendo nas pedras e alguns micos engraçados que tentavam se refrescar. Voltamos para a praia da ilha e estava armado um lanche havaiano, com frutas tropicais e uma produção muito legal.

Comemos, nadamos, ouvimos histórias e depois de quase uma hora na ilha resolvemos voltar. A saída não teve maiores novidades, pois eu já estava me sentindo o rei da canoa havaiana. Subi com uma agilidade incrível e começamos a remar. Conseguimos passar na frente dos outros participantes e tivemos até que esperar, pois a canoa de uma equipe virou e talvez eles precisassem de ajuda.

Após este pequeno susto, seguimos em frente e conseguimos chegar sem problemas na praia. Estava achando o máximo não ter acontecido nada comigo, mas durou pouco a minha felicidade. Quando desci da canoa, tomei um tombo digno de “vídeo cacetada”. Ainda bem que ninguém viu e a máquina fotográfica da minha irmã não estava a postos para registrar esta cena.

Enfim, o passeio foi uma experiência única e com certeza irei repeti-lo. Agradeço a Rios e Montanhas pelo convite, mando um abraço para todos os participantes e um especial para a Genoveva e para a Márcia.

Este texto foi escrito por: Marcelo Mello

Last modified: dezembro 26, 2001

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