O mochileiro Rafael Albanese terminou a faculdade de administração e tomou uma das maiores decisões de sua vida, ir conhecer o Brasil da forma mais simples e fluída que o percurso poderia ser. A aventura durou 10 meses e de bagagem ele trouxe muitas histórias.
Veja como foi o início da aventura de Rafael!
“Os aprendizados foram os mais diversos, entre eles está o de que não preciso de tanto para viver, em relação a coisas materiais e dinheiro. Aprendi a respeitar a realidade dos outros e me colocar no lugar de muitos que conheci, já que a realidade é diferente em cada lugar, ao perceber isso passei a entender melhor o lado do outro, estar consciente perante a razão de determinadas ações”, conta.
A recíproca de que você sempre vai ter o que plantou, também se tornou verdadeira para Rafael. “Ao tentar ser o melhor possível receberei de volta”. Com incontáveis histórias, o viajante costuma frisar as mais ligadas a natureza como, por exemplo o percurso da Transpantaneira, 140km de estrada de terra com 120 pontes, cada uma delas passando por um rio diferente e a chance de ver onças, ariranhas, araras e toda a diversidade de nosso país.
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“Fiz um curso de sobrevivência na Floresta Amazônica, onde o jacaré durante a noite roubou nossa panela de comida, foi surreal. Nesse curso também aprendi a andar nos igarapés da Floresta. Em outras oportunidades caminhei nos lençóis maranhenses, passei perrengue em um carro alugado na Bahia que quebrou e fiquei preso com mais 4 gringos. São situações que te fazem crescer e aprender a sair daquilo da melhor forma possível, sem se chatear”.
Rafael não acha que deveria ter feito algo diferente. “Tudo seguiu um ritmo natural, fui fazendo de acordo com minha vontade e sentimento. O dinheiro era o que me limitava, eu voltava quando ele acabava, o planejamento tem que ser baseado nele, assim é possível evitar gastos desnecessários”.
Sobre a maior saudade ele conta que foi ter seu próprio canto. “Claro que senti falta da família, mas ter um lugar que você pode ficar totalmente a vontade faz muita diferença, além de compartilhar aqueles momento com alguém. Em certo ponto da viagem isso quase me fez desistir”.
“Participei do trabalho voluntário no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães fazendo manutenção de trilhas, construção de escadas, limpeza e gostei muito. Isso me deu a chance de devolver um pouco a sociedade todo o bem que me fizeram, ajudando a proteger a natureza, os visitantes, funcionários e voluntários”, diz.
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“Acredito que o brasileiro tem que conhecer mais seu próprio país, a maioria dos lugares que visitei tinham muitos turistas gringos, sempre falando que o Brasil era o lugar mais bonito que já haviam visitado, mas nós temos essa barreira e a mania de ir para fora. Falta incentivo tanto do turismo, quanto de nós mesmos”.
Dica
Acredite. “Independente da sua aventura, tempo e local, é preciso acreditar, se planejar e ir fundo, porque você é capaz de fazer tudo, só tem que estar preparado para abrir mão de certas coisas e conquistar outras. Nunca vai ser um jogo só de ganhos, mas sim de ganhar e perder, é preciso saber o que vale mais a pena”.