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23 anos e muitos quilômetros: veja a saga completa do jovem mochileiro Rafael

O mochileiro Rafael Albanese terminou a faculdade de administração e tomou uma das maiores decisões de sua vida, ir conhecer o Brasil da forma mais simples e fluída que o percurso poderia ser. A aventura durou 10 meses e de bagagem ele trouxe muitas histórias.

Veja como foi o início da aventura de Rafael!

“Os aprendizados foram os mais diversos, entre eles está o de que não preciso de tanto para viver, em relação a coisas materiais e dinheiro. Aprendi a respeitar a realidade dos outros e me colocar no lugar de muitos que conheci, já que a realidade é diferente em cada lugar, ao perceber isso passei a entender melhor o lado do outro, estar consciente perante a razão de determinadas ações”, conta.

Foto: Arquivo Pessoal

A recíproca de que você sempre vai ter o que plantou, também se tornou verdadeira para Rafael. “Ao tentar ser o melhor possível receberei de volta”. Com incontáveis histórias, o viajante costuma frisar as mais ligadas a natureza como, por exemplo o percurso da Transpantaneira, 140km de estrada de terra com 120 pontes, cada uma delas passando por um rio diferente e a chance de ver onças, ariranhas, araras e toda a diversidade de nosso país.

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“Fiz um curso de sobrevivência na Floresta Amazônica, onde o jacaré durante a noite roubou nossa panela de comida, foi surreal. Nesse curso também aprendi a andar nos igarapés da Floresta. Em outras oportunidades caminhei nos lençóis maranhenses, passei perrengue em um carro alugado na Bahia que quebrou e fiquei preso com mais 4 gringos. São situações que te fazem crescer e aprender a sair daquilo da melhor forma possível, sem se chatear”.

Foto: Arquivo Pessoal

Rafael não acha que deveria ter feito algo diferente. “Tudo seguiu um ritmo natural, fui fazendo de acordo com minha vontade e sentimento. O dinheiro era o que me limitava, eu voltava quando ele acabava, o planejamento tem que ser baseado nele, assim é possível evitar gastos desnecessários”.

Sobre a maior saudade ele conta que foi ter seu próprio canto. “Claro que senti falta da família, mas ter um lugar que você pode ficar totalmente a vontade faz muita diferença, além de compartilhar aqueles momento com alguém. Em certo ponto da viagem isso quase me fez desistir”.

Foto: Arquivo Pessoal

“Participei do trabalho voluntário no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães fazendo manutenção de trilhas, construção de escadas, limpeza e gostei muito. Isso me deu a chance de devolver um pouco a sociedade todo o bem que me fizeram, ajudando a proteger a natureza, os visitantes, funcionários e voluntários”, diz.

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“Acredito que o brasileiro tem que conhecer mais seu próprio país, a maioria dos lugares que visitei tinham muitos turistas gringos, sempre falando que o Brasil era o lugar mais bonito que já haviam visitado, mas nós temos essa barreira e a mania de ir para fora. Falta incentivo tanto do turismo, quanto de nós mesmos”.

Foto: Arquivo Pessoal

Dica

Acredite. “Independente da sua aventura, tempo e local, é preciso acreditar, se planejar e ir fundo, porque você é capaz de fazer tudo, só tem que estar preparado para abrir mão de certas coisas e conquistar outras. Nunca vai ser um jogo só de ganhos, mas sim de ganhar e perder, é preciso saber o que vale mais a pena”.

Foto: Arquivo Pessoal