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Modalidades no rali cross-country


Carros são preparados para as competições (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)

As provas de rali cross-country já existem há alguns anos no Brasil, porém apenas agora foi criado este nome para fazer distinção às provas de rali de Velocidade.

O rali cross-country é disputado apenas pôr utilitários com tração nas 4 ou em 2 rodas. Carros normais, pelo regulamento, não podem se inscrever nestas provas.

É também uma prova de velocidade na terra, mas o percurso a ser percorrido pelos participantes não é conhecido antecipadamente, assim as equipes não conseguem fazer os “levantamentos” como nas provas de Rally de Velocidade. Desta mesma maneira funcionam os Rallys Paris-Dakar, da Tunísia e o antigo Paris-Moscou-Pequim, atual Rally Master. Podemos comparar o Rally-Off Road Brasileiro com a Copa de Rally Cross-Country lá de fora onde competem Schlesser, Shinozuka e Kleinschmidt entre outros.

Normalmente as distâncias percorridas nas provas nacionais são grandes, variando de 300 a 800 km por dia. Existem os deslocamentos, onde há um tempo máximo para percorrer um determinado trecho, normalmente em estradas e travessias de cidades, e as provas especiais, que são os trechos fechados ao trânsito normal onde o que realmente conta é a velocidade. Nestas especiais os carros largam de 1 em 1 minuto e quem percorrer o trecho em menor tempo é declarado o vencedor.

Em um rally do tipo do Rally dos Sertões a soma de tempo de todas as provas especiais é que determina o vencedor geral.

Uma prova especial pode ter de 20 a 500 km de extensão dependendo muito da região e da organização que tem que fechar o trânsito em todo o percurso. No rali cross-country o navegador recebe uma planilha (um tipo de um mapa) com detalhes do percurso que indicam o caminho a ser seguido e as principais referências e obstáculos a serem encontrados (curvas, rios, abismos, …).

A função do navegador é de passar informações precisas ao piloto do que irá vir pela frente. Assim a pilotagem poderá ser mais rápida mesmo sem conhecimento prévio do caminho.

O piloto deve seguir as orientações do navegador e confiar totalmente nas informações passadas por ele, a relação de confiança e integração entre piloto e navegador pesam muito no resultado da prova.

Este texto foi escrito por: Detlef Altwig, especial para o Webventure