Morreu nesta quinta-feira, aos 88 anos, o sertanista Orlando Villas. A morte aconteceu às 14h27, em consequência de falência múltipla dos órgãos, conforme nota do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Villas Boas estava internado desde o dia 14 de novembro.
Percorrendo matas e sertões desde o início dos anos 40, Villas Boas liderou a histórica expedição Roncador-Xingu, a expedição oficial de penetração na região central do Brasil. Com o objetivo de fixar núcleos de povoamento na região central do Brasil e seguir até Manaus, ele e os irmãos Álvaro, Cláudio e Leonardo percorreram as matas que vão do rio Xingu ao Tapajós, onde Orlando acabou morando por mais de 30 anos entre índios.
Foram abertos mais de 1.500 quilômetros de picadas na mata virgem, onde surgiram vilas e cidades e a aventura foi contada num dos 14 livros de sua autoria, “A marcha para o Oeste”, escrito em parceria com o irmão Cláudio.
No contato com os índios, Villas Boas seguia à risca o lema do Marechal Rondon, “Morrer, se necessário, for, matar nunca”. Adaptou-o para sua própria frase – “O índio só sobrevive dentro de sua própria cultura” – e se tornou o maior indigenista brasileiro.
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