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Morte de filhote de baleia em Santa Catarina pode ter sido causada por redes de pesca

Um filhote de baleia Mink Anã (Balaenoptera acutoscostrata), fêmea, com cerca de três metros de comprimento e um ano de idade, foi encontrado morto na manhã desta quarta (01/9), na praia de Piçarras, litoral norte de Santa Catarina. Populares encontraram o animal próximo a um costão rochoso, já sem vida, e levaram-no para a beira da praia, colocando-o em frente ao hotel Beto Carrero World.

O filhote tinha muitas marcas pelo corpo. “Parece que o animal foi atingido por redes de emalhe, apetrecho comumente utilizado em pescarias de arrasto”, comentou Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Ele suspeita que o animal tenha sido morto por asfixia.

De acordo com Soto, a espécie é comum em águas brasileiras. “Não é raro encontrar essa espécie de baleia nas regiões Sudeste e Sul, e a incidência de filhotes como este pode sugerir que a região seja apreciada pela espécie para reprodução e amamentação”, comenta.

Exposição do animal – A retirada do filhote da praia central de Piçarras foi feita por técnicos da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). A instituição, com apoio do Instituto Beto Carrero, possui uma das mais eficientes estruturas para o monitoramento e atendimento aos municípios que são surpreendidos com animais marinhos – tartarugas, golfinhos e cetáceos – encalhados em suas regiões costeiras.

O animal foi encaminhado para estudos no acervo do Museu Oceanográfico e será conservado inteiro para futuras exposições. Entre elas está uma em especial agendada para o dia 28 de setembro, no Espaço Cultural Döhler, em Joinville, que dará início a uma exposição itinerante e inédita que apresentará algumas espécies de cetáceos conservados em seu tamanho e formato original.

Este texto foi escrito por: Webventure