Depois de ser interceptado por caças no Japão, o piloto brasileiro Gérard Moss enfrenta mais um desafio burocrático em sua volta ao mundo no motoplanador Super Ximango, no projeto Asas do Vento. Agora ele está sob custódia no aeroporto doméstico de Nha Trang, no Vietnã.
O vôo iniciou-se em Macau, na China, anteontem (12/08), rumo à cidade de Ho Chi Minh (antiga Saigon), ao sul do Vietnã. Seriam 1.500 km sobre o Mar do Sul da China. Após oito horas de vôo, já próximo de Ho Chi Minh, as condições meteorológicas pioraram. Gérard tentou, durante duas horas, achar uma maneira de pousar no aeroporto internacional, sem sucesso. Perto do anoitecer, após 11 horas e meia no ar, ele não teve outra opção senão voltar e pousar na cidade costeira de Nha Trang.
Motivo – A custódia ocorreu porque pelas regras de tráfego aéreo, todo vôo internacional tem a obrigação de fazer o primeiro pouso em cada país num aeroporto internacional. As autoridades de Hanói estão estudando seu caso e não há previsão para uma solução.
“Os chefões comunistas locais chegaram da cidade para me interrogar, ostensivamente queriam descobrir se eu era um espião (…) Recebi um sério aviso que em hipótese alguma deveria colocar um pé fora do terminal, ou seria colocado em seguida no xilindró. Vou pegar o saco de dormir e passar a noite aqui no terminal”, escreveu o brasileiro no diário de bordo de ontem (leia na íntegra).
As notícias do projeto Asas do Vento, bem como fotos, áudios e vídeos podem ser acompanhadas pelo site www.asasdovento.com.br
O projeto Asas do Vento conta com o patrocínio da Embratel, Victorinox, e a parceria do Grupo Aeromot e do Banco Santos.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: agosto 14, 2001