Não é possível definir a profundiade no fervedouro (foto: Caetano Barreira/ Webventure/ FotoArena)
As águas que correm pelo Jalapão se mostram de várias formas. Através de corredeiras, nascentes, rios, lagos e cachoeiras a região é cortada por águas puras, como o Rio Novo, um dos únicos rios de água potável do mundo. Seu principal passeio é descê-lo fazendo bóia-cross, canoagem ou rafting.
O percurso é tranquilo e fica mais emocionante quando atravessa alguma corredeira. As prainhas que se formam em sua margem e os bancos de areia servem como pausa para nadar e tomar sol. É possível fazer um longo percurso que dura até três dias, com paradas em campings na beira do rio, ou um mais curto de três horas.
A maior chachoeira do Jalapão, a Cachoeira da Velha, com 20 metros de largura poderia ser chamada de “Catarata do Rio Novo”, mas seu nome veio da lenda de pescadores que viram a imagem de uma velha senhora moradora da região, em suas águas, após esta já ter morrido. A turbulência da água não permite que possa se banhar, mas abaixo de sua queda, há a Prainha da Velha, com águas claras e calmas, rodeada de verde.
Mais águas – A outra cachoeira da região fica a 50 km de Mateiros, a Cachoeira do Formiga. Em seu entorno há uma área para camping, mas a infraestrutura não é das melhores. O ideal é passar o dia se refrescando na queda dagua que forma um poço de cor azul esverdeado com peixes e fundo de areia calcárea. Seu afluente é o córrego Carrapato, que tem sua nascente no Fervedouro.
Para chegar ao Fervedouro é preciso uma caminhada rápida de 300 metros saindo da estrada que liga Mateiros a São Felix do Tocantins. Cercado por bananeiras, a cor da água, um verde quase transparente, impressiona, mas o que mais surpreende é a sensação de flutuação. É impossível saber a profundidade do lago, pois ali ocorre o processo de ressurgência. A densidade da areia e a força da água não permitem que nenhum corpo afunde. Parece que água e areia massageiam, escorregando pelas pernas.
O Fervedouro do Soninho, de propriedade do acampamento Korubo, fica quase dentro de Mateiros. Também cercado por bananeiras, a sensação de flutuação não é tão forte quanto no primeiro fervedouro, mesmo assim vale a pena a visita. E já que está por ali, por que não fazer uma rápida visita à capital do Jalapão, Mateiros, para tomar um sorvete e também tentar, sem muito sucesso, se conectar ao resto do mundo em um dos seus orelhões públicos.
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A reportagem do Webventure viajou a convite do Sebrae-TO.
Este texto foi escrito por: Tricia Vieira