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MTB 12 Horas contra obstáculos naturais

Redação Webventure/ Biking

Se o problema é sono  por que não dormir? (foto: Jorge Nicola/Webventure)
Se o problema é sono por que não dormir? (foto: Jorge Nicola/Webventure)

Mais do que a distância, os participantes do MTB 12 Horas tiveram de enfrentar diversos obstáculos naturais enquanto pedalaram na pista montada na cidade de Itupeva, a cerca de 100 quilômetros de São Paulo. E para muitos esses obstáculos pareceram intransponíveis.

“O frio da madrugada estava de rachar qualquer um”, brinca o biker Arlei Teixeira, que venceu a categoria Duplas com Edvando Souza Cruz. “A gente dava a primeira volta e mesmo assim o corpo ainda não estava aquecido”, acrescenta Sabrina Majela, da equipe By Roupas Esportivas.

O grande e inicial desafio proporcionado pela natureza foi a escuridão da noite. Como a largada ocorreu à meia-noite, foram cerca de cinco horas de pedalada em meio a verdadeiros breus. “Imagine você no meio do matagal, em uma trilha fechada, e apenas o farol da bike para iluminar”, diz Serafin Alonso, da Bianchi Team.

Simultâneo à escuridão surgiu o frio. Com termômetros marcando 12º, e um vento gelado, a sensação de ambiente parecia ainda mais baixa. “Só começou a esquentar lá pelas 7h45”, conta o norte-americano Tinker Juarez, campeão na categoria Solo.

Mas a chegada do sol, que poderia ser uma ajuda, se transformou em novo problema. Rapidamente, o calor tomou conta da pista montada ao lado do Shopping Serra Azul e a temperatura chegou a 34º. “Essa variação no tempo implica em mais dificuldade”, reconhece Eduardo Ramirez, um dos organizadores.

“Muitos estão desistindo por não suportar tamanho calor”, acrescenta. Para combater a desidratação foram disponibilizadas mais de 3.500 garrafas de água, além de outras centenas de energéticos.

E tem mais – Quem pensa que os problemas provindos da natureza acabaram está enganado. Acordados desde a manhã de sábado, a maior parte dos bikers dividiu a cabeça em buscar concentração para realizar suas voltas e tentar driblar o sono.

A cena mais vista olhando para aqueles que aguardavam do lado de fora da pista a vez de entrar em ação eram bocejos e, por que não, muitos cochilos. “Ninguém é de ferro. E temos que descansar para poder render tudo”, afirma Fábio Costa, da equipe Kaipiras Bike.

Para finalizar, embora não menos importante, vale destacar o odor dos competidores após a prova. Sujos de terra e extremamente fedidos, muitos tiveram de ir embora sem ao menos um banho. “Não tem chuveiro por aqui. Agora só quando chegar em Piracicaba”, lamenta Sílivo Ribeiro.

Este texto foi escrito por: Jorge Nicola

Last modified: novembro 10, 2003

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