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Mudança de categorias no Paulista equilibra a disputa

Redação Webventure/ Offroad

Amato/Alonso capotou (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)
Amato/Alonso capotou (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)

A abertura da temporada 2007 do Campeonato Paulista de Cross-country, no sábado em Pindamonhangaba, foi também a estréia do novo regulamento da prova, que prevê maior divisão e critério para as categorias. “Quando criamos o Paulista, pensamos em uma prova como preparação para o Campeonato Brasileiro e uma porta de entrada para o rali. Com o tempo, as equipes de fábrica e com mais estrutura começaram a competir e a disputa ficou desigual”, explicou o organizador Deco Muniz. “Temos veículos de cinco marcas diferentes na competição, é difícil igualar a disputa, mas pensamos em um regulamento que equilibrasse o Paulista”.

Por isso, o campeonato deste ano tem quatro categorias para os carros. Production, Protótipos, Super Production e Pró. “A Production é a categoria de entrada no rali. Quando uma pessoa quer competir, ela vai atrás de um carro mais simples, geralmente usado”, comentou Deco. No ano passado entraram os motores eletrônicos, mais fáceis de serem modificados, o que deixou a categoria desigual. Para 2007, carros na Production com motor eletrônico só podem ter um amortecedor por roda. “Ganham no motor e perdem na suspensão, foi mais uma forma de tentar igualar a disputa”, completou.

A Super Production fica como no ano passado, carros originais de fábrica com preparação menos limitada. Porém, quando entraram as equipes com apoio oficial ou semi-oficial no Paulista, mais uma vez desequilibrou. “Não tem como carros com apoio oficial disputarem com um competidor privado, com menos dinheiro e estrutura. Por isso criamos a Pró, que são os carros feitos exclusivos para ralis, sem ser baseados nos carros de rua”, explicou Deco.

Pela descrição, poderia ser um protótipo, porém mais uma vez a balança estaria desequilibrada contra as equipes privadas. “Portanto, temos como Protótipos no Paulista veículos únicos, com produção artesanal, sem apoio de fábricas ou qualquer suporte”, completou.

Resultado final por categoria

Production
1) Rogério Rode/Guilherme Signoretti (Mitsubishi TR4) 01h10min11
2) Magno Aragao/Weidner Moreira (Mitsubishi TR4) – 01h10min37
3) Luis Fernando Ortega/Nelson Ortega (Mitsubishi TR4) – 01h11min5
4) Fernando Montá/Fernando Montá Filho (Mitsubishi TR4) – 01h19min29
5) Rodrigo Terpins/Jan Barba Papa (Chevrolet S10) 01h20min53

Pró
1) Maurício Neves/Clécio Maestrelli (Mitsubishi Evo) – 1h2m55s8
2) Felipe Bibas/Emerson Cavassin (Mitsubishi L200 RS) – 1h5m36s6
3) Edu Piano/Fausto Dallape (Ford Ranger) – 1h6m46s1

Protótipos
1) Richard Vaders/José Spacassassi (Vaders) – 1m10s11s2
2) Cacá Closet/Rodrigo Krezam (Dobló) – 1h10m37s3
3) Mário Tridenti/Joá Bicudo (Cheetah) – 1h26m59s6

Super Production
1) Marcos Cassol/Lélio Jr. (Mitsubishi L200RS) – 1h6m51s3
2) Adriano Leão/Marcão Macedo (Mitsubishi L200RS) – 1h8m54s9
3) Arilo Alencar/Gilson Rocha (Mitsubishi L200RS) – 1m9s34s3

Um grave acidente marcou a primeira etapa do Paulista. A dupla Paulo Amato e Márcio Alonso capotou diversas vezes uma S10. O piloto nada sofreu, mas o navegador teve ferimentos na perna direita. “Logo que soubemos do acidente paramos a prova e fomos até lá. O carro estava muito destruído, mas os competidores conseguiram sair andando de dentro dele”, comentou o organizador Deco Muniz.

Segundo ele, provavelmente uma das rodas passou por cima de um cupinzeiro, o que fez o carro capotar. Assim que saiu do carro, o navegador não sentiu firmeza na perna e deitou no chão. O veículo que passou em seguida acionou a organização pelo rádio. “A capotagem foi tão feia que o rádio deles voou para fora do carro. Não tinham como nos avisar”, comentou Deco.

Márcio foi levado de ambulância até o hospital de Taubaté, fez exames e voltou para casa em São Paulo. Ele terá que operar o joelho e tem suspeita de fraturas na canela. “Quando se capota em um carro de rali, a única parte do corpo que fica solta são as pernas”, disse o organizador.

Deco afirmou que o resgate chegou ao local em cinco minutos. “Quando penso no roteiro da prova, sempre tenho em mente alguns eixos principais para resgate e apoio. No caso de Pindamonhangaba, precisava-se andar aprnas cinco quilômetros para estar em qualquer lugar da prova”, explicou.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: fevereiro 12, 2007

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