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Muitas curvas e velocidade alta na quinta etapa


Motos terminam a especial com platéia (foto: Fábia Renata)

Ponte Alta do Tocantins (TO) – Hoje, no quinto dia de competição, o Rally Internacional dos Sertões continua seguindo pelo estado de Tocantins, tendo largada em Natividade e chegada em Ponte Alta do Tocantins. A especial foi bastante rápida, com trechos sinuosos, córregos secos e piso escorregadio.

A paisagem, como sempre, não decepcionou. Muito cerrado, rios grandes e “córguinhos”, como diz a população local, e, claro, muita poeira. Os competidores passaram por uma pequena vila chamada Pindorama, localizada entre Natividade e Ponte Alta, onde havia um radar para fiscalização de velocidade – ação que já flagrou diversos pilotos “apressadinhos” e gerou revolta em alguns deles.

Motos – Os pilotos de moto largaram normalmente às 9h40, ao contrário de ontem, quando boicotaram a etapa, reivindicando melhorias para a categoria, como por exemplo, mais tempo entre a largada da última moto e a do primeiro carro. O português Paulo Marques (102/Super Production) foi o primeiro a chegar no fim da especial, seguido de perto por Juca Bala (104/Honda/SuperP). Marques teve problemas com a moto, caiu duas vezes e o motor de sua Husqvarna não estava legal. Pensou que não chegaria ao final e quando voltou a andar bem, caiu de novo.

Tirando a mão – Juca, o líder da categoria, considerou a especial perigosa, com possibilidade de acidentes, devido ao piso escorregadio e às muitas curvas. Jean Azevedo (101/SuperP), que está em segundo lugar na disputa, também teve problemas com a Gas Gas, que estava consumindo muita gasolina e, se não “tirasse a mão” (do acelerador), não chegaria.

Na categoria carros, Klever Kolberg e Lourival Roldan (212/Mitsubishi/TT2) foram os primeiros a chegar a Ponte Alta. Na cronometragem, ficaram com o segundo melhor tempo. Para os menos familiarizados com rali, uma explicação: a ordem de chegada não determina os vencedores da etapa; os competidores largam com diferença de dois minutos uns dos outros e o melhor é aquele que cumprir o trecho no menor tempo.

Para Kolberg, a especial foi mais tranqüila, não levou muita poeira, só a das motos que estavam na sua frente. “Foi bem técnica, escorregadia, com curvas. Tive que trabalhar bastante, estava muito gostosa”, define.

Na poeira – Spinelli e Barricatti (203/Mitsubishi) chegaram logo depois e fizeram o melhor tempo da especial, assumindo a liderança na geral de Carros e na TT2. Spinelli disse que desde, a metade da especial ficou na poeira de Kolberg, até o final. Para ele, a especial foi rápida, perfeita para a sua L200, que está em boas condições. “Nas curvas de alta, com piso solto, o carro vinha fazendo curvas a 140, 150 km/h e de lado o tempo inteiro”, conta o piloto.

Elogiadas por uns, as curvas deram trabalho a outros competidores. Juliana Carrera Santos e Roberlena de Moraes (233/Mitsubishi/TT2), por exemplo, capotaram três vezes e caíram numa ribanceira. Um carro da organização, o chamado “carro-bomba”, que leva o combustível, também capotou, assim como o Troller da dupla Renato Bicudo e Fernando Lupo (240-TTD-N).

Amanhã, o temido deserto do Jalapão (TO), espera pelos competidores. No ano passado, muitos deles se perderam ou tiveram as máquinas quebradas nessa região.

Este texto foi escrito por: Fábia Renata